Presidente da Bolsa quer que privatizações passem pelo mercado - TVI

Presidente da Bolsa quer que privatizações passem pelo mercado

Mercados

Laginha de Sousa espera que operações contribuam para dinamizar a praça lisboeta

O presidente da NYSE Euronext Lisbon, Luís Laginha de Sousa, defende a importância de englobar as privatizações na dinamização do mercado de capitais, considerando que as próximas operações de venda de ativos do Estado devem passar pela Bolsa.

«Acho que teria sido interessante, e quero acreditar que, em tudo aquilo que ainda está por fazer, possam haver oportunidades de considerar o mercado de capitais como um elemento pelo qual possam passar operações de privatização», disse à agência Lusa.

«Sentimos que as privatizações, quando passam pelo mercado, nem que seja parcialmente, acabam por ter um efeito positivo ao nível da dinamização do mercado. Ou seja, têm uma externalidade que é positiva. E eu quero acreditar que, todos esses fatores, que não apenas o valor do encaixe, foram tidos em conta», nas últimas privatizações feitas em Portugal, sublinhou.

O mesmo responsável assinalou que «este elemento parece não ter um peso suficiente em tudo aquilo que foi analisado para ter justificado que o mercado fosse uma opção».

«Desse ponto de vista, não se extraiu o aspeto positivo que essas privatizações poderiam ter tido se, no todo, ou em parte, passassem pelo mercado», argumentou.

De acordo com o presidente da Bolsa portuguesa, «uma empresa, quando vai para o mercado, não vai retirar espaço às que lá estão. Ela vai fazer crescer o mercado, reforçar a sua visibilidade e reforçar todas as outras».

Nos últimos tempos, desde a reprivatização do BPN, à venda de posições estatais no setor energético (EDP e REN), à área da saúde da Caixa Geral de Depósitos (CGD), e às operações em curso na aviação (TAP e ANA), o Governo, em representação do Estado, não recorreu ao mercado de capitais.
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