PSI20 dispara 1% para máximos de oito meses

A bolsa nacional fechou em alta, em máximos de oito meses. O índice PSI20 valorizou 0,97 por cento para 5.615,41 pontos - valor mais elevado desde abril - e lidou os ganhos no Velho Continente. Também Milão subiu 0,64% e Madrid avançou 0,38%.

Já a perder ficou Paris que caiu 0,1%, Londres que recuou 0,27% e Frankfurt que cedeu 0,43%.

Por um lado, os investidores temem pela falta de progressos nas negociações entre Republicanos e Democratas nos EUA, sobre a questão do «precipício orçamental», quando estamos a menos de três semanas do final do ano. Ben Bernanke, da Fed, anunciou ontem novos estímulos económicos nos EUA mas avisou que estes estímulos não seriam suficientes para anular o impacto que terá o aumento automático de impostos e a redução de despesa.

Por outro lado, foi alcançado um acordo, na última madrugada, entre os ministros das Finanças da União Europeia (UE) sobre a formação de um supervisor bancário único. Este futuro supervisor bancário vai ter a seu cargo a fiscalização de cerca de 200 bancos da Zona Euro, entre eles os seis maiores bancos nacionais: BCP, BPI, BES, CGD, Santander Totta e Banif. O mecanismo estará a funcionar a 1 de março de 2014.

Alem disso, a Zona Euro decidiu hoje desbloquear a nova tranche, de 34 mil milhões de euros, de ajuda à Grécia, antes de os principais bancos centrais mundiais terem optado por prolongar as medidas de estímulo à economia até 2014.

PT e EDP sustentam Lisboa

Por cá, a animar ficou a Portugal Telecom (PT) que disparou 2,73% para 3,87 euros. A operadora registou o terceiro dia consecutivo de ganhos, suportada por notas de «research» favoráveis.

Também a EDP Renováveis progrediu 2,92% para 4,12 euros, renovando assim o valor mais alto desde fevereiro de 2012. Já a casa mãe, EDP, somou 2,08% para 2,21 euros.

No setor financeiro, o BPI avançou 1,98% para 0,88 euros, numa sessão em que BES e Banif também fecharam em alta. O BCP ainda ameaçou fechar em queda, mas há última da hora encerrou estável nos 0,07 euros.

A impedir a bolsa de maiores descidas ficou a Jerónimo Martins. A retalhista perdeu 0,76% para 15,10 euros, a corrigir dos ganhos das últimas sessões, depois de ter beneficiado da apresentação do seu plano de negócios até 2015.