PSI20 fecha a perder 2,78% pressionado pela EDP - TVI

PSI20 fecha a perder 2,78% pressionado pela EDP

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Bolsa de Lisboa cai para mínimos de agosto de 1996

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O PSI20 fecha esta quarta-feira a cair 2,78% para 4.587,34 pontos, em mínimos de agosto de 1996, pressionado pela EDP, numa sessão em que o desempenho negativo das principais cotadas está em linha com a Europa.

A EDP protagonizou a maior queda na bolsa de Lisboa, ao ceder 6,54 por cento para 1,76 euros, num dia em que também a EDP Renováveis, Sonae Indústria e BES recuaram mais de cinco por cento.

Destaque ainda para as fortes perdas da petrolífera e peso pesado Galp, numa sessão em que apenas a Jerónimo Martins fechou em terreno positivo, ao valorizar 0,59% para € 13,54.

Na banca, a sessão também foi de perdas, lideradas pelo BES, que desvalorizou 5,46%, para € 0,49. O BCP foi o único título que se manteve inalterado, nos € 0,10.

No Dia do Investidor, em que a EDP apresentou o plano estratégico para o próximo triénio, os títulos da elétrica liderada por António Mexia não resistiram à pressão sobre os mercados, apesar do anúncio de manutenção do investimento a um ritmo anual de 2,1 mil milhões de euros nos próximos três anos em barragens em Portugal e em novos mercados de energia eólica e no Brasil.

A EDP prevê que os seus lucros subam a uma média anual de um dígito até 2015, entre 1% e 5%.

Já a EDP Renováveis, que perdeu 5,29% para € 3,01, pode ter sido penalizada pela possibilidade de retirada de bolsa admitida pelo presidente executivo da empresa.

António Mexia, que falava aos jornalistas no final do Dia do Investidor no Porto, disse que faria «todo o sentido financeiro» retirar a EDP Renováveis de bolsa e integrá-la na casa mãe, mas que tal não aconteceria este ano.

No resto da Europa, as principais praças fecharam em terreno negativo, com os investidores preocupados com a possibilidade da Grécia deixar do euro, um receio reforçado pela declaração do antigo primeiro-ministro grego Lucas Papademos, à Dow Jones Newswires, que admitiu que «o risco da Grécia deixar o euro é real».

Londres perdeu 2,53%, Paris desvalorizou 2,62%, Frankfurt 2,33% e Madrid 3,31%.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, insistiu que a emissão de eurobonds, defendida por vários países da União Europeia, não é a solução para a crise, esfriando as expectativas dos investidores sobre a cimeira informal que começa hoje em Bruxelas e que será marcada pela estreia do novo presidente francês, François Hollande.

O encontro poderá, assim, «não ir além de uma declaração de intenções mais voluntarista do que eficaz sobre o crescimento e o emprego», considera o departamento de análise do banco Bankiter, citado pela agência de notícias Efe, que acredita que não existirão evoluções antes das eleições legislativas gregas, marcadas para 17 de junho.
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