Quedas do BPI e BCP arrastam bolsa - TVI

Quedas do BPI e BCP arrastam bolsa

No dia em que foi conhecido o pedido de resgate de Angola ao FMI, a Bolsa de Lisboa voltou a fechar negativa, arrastada pelo tombo de dois bancos participados por capital angolano

O índice PSI 20 voltou a negociar em mínimos do último mês e fechou a cair 0,53%, contrariando os ganhos europeus.

A bolsa nacional foi penalizada pela forte queda dos bancos BPI e BCP (respectivamente, 5,8% e 4%), ambos com capital angolano, por falta de fumo branco quanto às negociações entre a empresária angolana Isabel dos Santos e os espanhóis do Caixa Bank sobre a redução de exposição do BPI a Angola. Isto no dia em que Angola pediu ao FMI um programa de ajuda financeira de três anos, para reduzir a dependência do petróleo e diversificar a economia.

Uma outra empresa com forte exposição a Angola, a Mota-Engil, recuou 2,832%, mas a verdadeira reação das empresas expostas ao mercado angolano só se fará sentir nas próximas sessões.   

Nota negativa também para a família EDP, tendo a Energias de Portugal caído 1,37%  e a EDP Renováveis descido 0,02% .

Em sentido contrário, a retalhista Jerónimo Martins subiu 1,73% para 14,72 euros, beneficiando de duas notas de 'research' favoráveis, do BPI e da Jefferires, com preços-alvo acima dos 16 euros.

Em alta encerrou também a Galp Energia, a subir 0,47%, beneficiando da valorização superior a 5% do preço do Brent, que negociou nos 39,85 dólares, após as autoridades norte-americanas terem anunciado uma queda inesperadas nas reservas de crude do país, na semana passada.

No mercado de dívida, os juros das das Obrigações do Tesouro a 10 anos agravou-se para 3,017%, numa sessão em que Portugal colocou 1,5 mil milhões de euros de dívida a seis e 30 anos, para uma procura que superou os 3,8 mil milhões de euros.

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