Referendo em Itália pressiona bolsas - TVI

Referendo em Itália pressiona bolsas

Bolsas (Lusa/EPA)

PSI20 está em queda de 0,94% para 4.394,35 pontos, penalizado, sobretudo, pelos setores da energia e do retalho

A bolsa de Lisboa abriu em baixa tal como as pares europeias, com o foco direcionado para os dados do emprego nos Estados Unidos e com os investidores cautelosos devido ao referendo constitucional em Itália no próximo domingo, disseram analistas à Reuters.

O PSI20 está em queda de 0,94% para 4.394,35 pontos, penalizado, sobretudo, pelos setores da energia e do retalho. Depois de um fecho em alta de mais de 2%, a Galp já não resiste à euforia das últimas sessões, após o acordo entre os países exportadores de petróleo para travarem oferta de crude no mercado. A petrolífera/ energética derrapa 1,29% para 12,925 euros.

Já a EDP segue o vermelho, trajetória a que nos habituou esta semana, e desce 1% para 2,671 euros.

No retalho, volta a ser Jerónimo Martins nas quedas, ao perder 1,30% para 14,320 euros.

É que a subida dos preços do petróleo – na sequência do acordo – terá implicações substanciais para a economia global e não só benéficas, para as empresas do setor.

Segundo a Reuters, os investidores estarão focados no grande de empenho do acordo, monitorizando, até que ponto, cada país cumprirá a sua parte, incluindo a Rússia, não-membro da Organização, que se comprometeu com um corte de 300.000 barris por dia.

Outra questão, segundo os analistas citados pela Reuters, é o risco de, se o preço do barril de petróleos subir para a banda entre os 55 e 60 dólares, tornando viável a exploração do crude de xisto. O ressurgimento deste tipo de extração, nos Estados, Unidos voltaria a fazer disparar a produção.

O disparo dos preços do petróleo penalizou substancialmente as obrigações, cujos yields estão a disparar perante a revisão em alta das perspetivas da inflação no futuro, clássica 'inimiga' da rentabilidade da taxa fixa.

No caso de Portugal, os juros das obrigações a 10 anos subiram ontem cerca de 8 pontos base para 3,8% e hoje negoceiam na casa dos 3,72%.

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