Renault afunda e arrasta bolsas - TVI

Renault afunda e arrasta bolsas

Num dia de enorme volatilidade nas bolsas, a Renault caíu 10,28% e empurrou mercados, já afetados com queda dos preços dos petróleo e sinais de abrandamento da economia global

Como se não bastasse o momento de ansiedade que se vive nos mercados mundiais, o dia começou com a notícia de buscas na sede da Renault e a dois centros tecnológicos da marca, numa investigação sobre eventuais fraudes na emissão de gases.

As ações da Renault afundaram mais de 21% na bolsa de Paris, e terminaram o dia com uma queda de 10,28%, arrastando os restantes mercados europeus para uma queda ainda maior.

Na abertura desta quinta-feira as bolsas já estavam negativas com os sinais de abrandamento da economia global e com os mínimos atingidos nos preços do petróleo na noite quarta-feira, quando o Brent chegou aos 29,96 dólares por barril. Durante o dia as principais bolsas chegaram a cair em média 3%, mas no final da sessão Paris fechou com uma queda de 1,8%, Frankfurt 1,77%, Madrid 1,75% .

 

Lisboa lidera quedas na Europa

 

Lisboa liderou as quedas na Europa esta-quinta-feira com uma desvalorização do índice PSI 20 de 2,41% , arrastada pelos setores do papel, retalho e banca.

A maior desvalorização foi da construtora Mota-Engil, 5,774%, que foi seguida pelos títulos relacionados com a Portucel. A Semapa, que detém a papeleira, recuou 5,346% e a própria Portucel 4,285%. Os títulos foram alvo da tomada de mais valias pelos investidores depois das fortes subidas do início da semana, quando foi conhecida a redução de taxas anti-dumping pelas autoridades norte-americanas para as importações da empresa portuguesa.

Em forte queda esteve também o setor do retalho, com a Jerónimo Martins a corrigir 4,831%, depois das subidas provocadas pela divulgação do crescimento das vendas enm 2015. A Sonae acompanhou a tendência, com um recuo de 2,370%, com os investidores na expetativa quanto às vendas do ano passado.

Finalmente e também a contribuir para o mau desempenho do índice PSI 20 estiveram os títulos da banca. O BPI desvalorizou 4,124% e o Millennium BCP 4,104%, segundo os analistas, afetados pelas críticas dos grandes investidores internacionais, e do próprio BCE, ao Banco de Portugal no processo de capitalização do Novo Banco com recurso aos detentores de dívida sénior.
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