Reunião mensal: BCE deve manter taxa de juro - TVI

Reunião mensal: BCE deve manter taxa de juro

Mario Draghi, BCE [Reuters]

Banco Central Europeu não deverá anunciar plano de compra de dívida soberana

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) deve hoje manter inalterada a taxa de juro diretora nos 0,05% e não deve anunciar formalmente o plano de compra de dívida soberana, antecipam analistas contactados pela agência Lusa.

Os governadores dos bancos centrais dos países da zona euro reúnem-se hoje de manhã no edifício da nova sede da entidade monetária, em Frankfurt, na Alemanha, com os analistas a ansiarem por mais detalhes acerca do plano de estímulos para a região.

O presidente do IMF - Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, admite que «surjam mais detalhes acerca dos estímulos monetários já em curso», mas não espera que seja «anunciado formalmente o plano de compra de dívida pública», ainda que considere «natural» que o presidente da instituição, Mario Draghi, «volte a dar a entender que o BCE poderá dar esse passo em 2015».

Filipe Garcia disse ainda esperar a manutenção das taxas de juro diretoras no mínimo histórico de 0,05%, «não só nesta reunião, mas por um período de tempo prolongado».

Esta é uma posição assumida também pela analista financeira do Departamento de Estudos Económicos e Financeiros do banco BPI Teresa Gil Pinheiro, que disse à Lusa que o BCE deverá manter inalteradas as taxas de referência, «não devendo apresentar, para já, medidas adicionais para estimular o crescimento dos preços», admitindo que Mario Draghi «reafirme que fará tudo o necessário para reduzir o risco de deflação na zona euro».

Também o economista-chefe do banco Montepio, Rui Bernardes Serra, disse «não esperar ainda quaisquer alterações na política monetária» do BCE decorrentes da reunião de hoje.

No entanto, o analista considera que «os mais recentes dados relativos à inflação, à atividade económica, ao emprego e ao crédito reforçam as perspetivas de adoção do quantitative easing (o programa de compra alargada de dívida soberana pelo banco central, permitindo baixar os juros e aumentar a liquidez)» no decorrer do próximo ano.
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