Sessão acaba mal em Lisboa: banca afunda e arrasta PSI20 - TVI

Sessão acaba mal em Lisboa: banca afunda e arrasta PSI20

Bolsas

Praças europeias e norte-americanas perdem entusiasmo inicial com energia negativa

O sol chegou a brilhar em Lisboa a meio da sessão, mas foi apenas a calma antes da tempestade. Durante a tarde, a sessão foi-se tornando cada vez mais negra e, no final, ficaram os danos: uma queda de 1,21% no PSI20, que fica agora nos 7.634,82 pontos.

Lá por fora, também nada fazia prever um fecho negativo. A meio da sessão, as praças europeias estavam em alta e o índice Stoxx Europe 600 chegou a atingir o valor mais alto em mais de dois anos, animado com as expectativas de uma recuperação económica mundial em 2011. Mas no fecho só a praça alemã acumulou ganhos, de 0,6%. O CAC francês fechou na linha de água, o IBEX espanhol caiu 1,01% e o FTSE inglês 0,45%.

Nos EUA, a abertura também se fez no verde, depois de se saber que os pedidos de subsídio de desemprego caíram em Dezembro na maior economia do mundo. Mas também do outro lado do Atlântico o dia tinha surpresas reservadas: o Nasdaq ainda sobe 0,2%, mas o Dow Jones cai já outro tanto.

Os analistas apontam o dedo ao preço do petróleo, que está novamente em queda, pressionando as acções das empresas energéticas. Em Londres, a descida é ligeira, apenas 0,6% para 94,87 dólares, mas em Nova Iorque, o barril está 2,15% mais barato e cota nos 88,36 dólares.

Além da energia, também o retalho está em queda nos EUA. Várias empresas do sector falharam as estimativas de vendas em Dezembro.

Juros da dívida pressionam banca

Em Lisboa, a energia também se ressentiu, mas pouco. A Galp caiu 0,45% para 14,55 euros, com a EDP a ceder 0,74% para 2,56 euros e a EDPR a cair 0,95% para 4,49 euros.

No retalho, a Jerónimo Martins continuou a corrigir, caindo 1,17% para 11,85 euros, depois da forte valorização acumulada em 2010 e nas duas primeiras sessões de 2011. Já a Sonae, recuou 1,53% para 77 cêntimos.

Mas o sector mais pressionado foi, de longe, a banca. O BCP liderou as descidas e perdeu 3,54% para 57 cêntimos, o BES 1,75% para 2,80 euros e o BPI 1,66% para 1,36 euros. O sector foi pressionado pelo aumento dos juros da dívida pública a 10 anos, que ultrapassaram novamente a barreira dos 7%, estando agora nos 7,07%.

Pessimismo generalizado

O pessimismo foi generalizado, com apenas uma empresa no verde. A Portucel subiu 1,37% para 2,37 euros.

De resto, as perdas predominaram. Nas telecomunicações, a PT caiu 1,38% para 8,29 euros, com a Sonaecom a deslizar 1,99% e a Zon a tropeçar 1,95%.
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