Wall Street mista depois de ter tocado máximos - TVI

Wall Street mista depois de ter tocado máximos

Mercados

Microsoft e receios sobre a Europa ensombram negociações nas bolsas do Estados Unidos

Os mercados norte-americanos seguem esta quarta-feira a negociar sem tendência definida, ensombrados com a crise da dívida soberana na Zona Euro, depois de, na terça-feira, Wall Street ter registado o valor mais alto desde Julho.

No arranque da sessão, o índice industrial Dow Jones caía 0,16 por cento para 12.442,15 pontos, enquanto Nasdaq subia 0,04 por cento para 2.701,45 pontos. O índice alargado S&P 500 seguia, por sua vez, a desvalorizar 0,20 por cento para 1.290,47 pontos.

Ontem, Wall Street alcançou o valor mais alto desde Julho de 2011, encorajado pelas previsões da empresa Alcoa e pelos indicadores dos mercados europeu e asiático, os investidores voltaram a revelar a inquietação em relação à situação económica europeia.

«O mercado está a suster a respiração por causa da preocupação com a dívida europeia», comentou à agência francesa AFP Andrea Kramer, analista do Schaeffer¿s Investment Research.

Na Alemanha, a maior economia da Zona do Euro, a actividade desacelerou no final deste ano, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) recuado 0,25 por cento no último trimestre. A Alemanha fechou o ano com um crescimento de 3%, abaixo dos 3,7% de 2010.

Estes números «aumentam as hipóteses de haver uma recessão na Zona Euro», comentou Chris Low, da FTN Financial.

«Agora a questão é se a recessão será limitada conforme o esperado», salientou, acrescentando que «para tal, os líderes europeus devem resolver rapidamente a crise bancária e da dívida pública».

Para reforçar o clima de preocupação crescente na Europa, a produção industrial espanhola caiu em Novembro, uma queda homóloga de sete por cento, a mais acentuada em mais de dois anos.

Ainda a pressionar as negociações nos Estados Unidos estão as perdas da Microsoft, que hoje admitiu que as vendas dos computadores pessoais deverão ser mais baixas do que o esperado pelos analistas. As acções da empresa estão a recuar cerca de 1%.
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