Carris: o que vai mudar no seu bolso e nas viagens em Lisboa - TVI

Carris: o que vai mudar no seu bolso e nas viagens em Lisboa

Para os utilizadores há novidades que, contas feitas, podem pesar menos no bolso, mensalmente. Mas também há mais mobilidade. As mudanças fazem parte de um memorando hoje assinado - que passa a gestão da empresa para a Câmara - e entram em vigor em 2017

O memorando de entendimento para a passagem da gestão da rodoviária Carris para a Câmara Municipal de Lisboa foi hoje assinado entre o Governo, a autarquia e a empresa.

Para os utilizadores há novidades que pesam menos no bolso, mensalmente, a partir de 2017. Mas também se espera mais mobilidade.

Alterações vão dos 4 aos 65 anos. É que até aos 12 anos as crianças passam a ter o passe gratuito, contra os 26,75 euros mensais que custa cada um destes títulos atualmente. Contas feitas, uma família com dois filhos, até aos 12 anos, gastava, até agora, 124,80 euros por mês e passa a gastar 71,30 euros em 2017. São menos 53,5 euros por mês e menos 642 euros por ano.

O Navegante Urbano – no caso dos idosos com mais de 65 anos - vai baixar de 26,75 para 15 euros. Uma redução de quase 44%, ou seja, menos 11,75 euros por mês e menos 141 euros por ano para quem o comprar, anunciou há momentos, no Museu da Carris, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina.

E as novidades não ficam por aqui, prevista está também a criação uma rede de transportes nos bairros, com 21 novas carreiras. São carreiras a pensar nas deslocações do dia-a-dia, e que vão ligar os principais pontos de cada bairro, desde os mercados, aos centros de saúde. Passando pelas escolas, farmácias e zonas comerciais. O objetivo é este projeto avance em Marvila, já no próximo ano, e esteja concluído em 2018.

Para acelerar a circulação vão ser criados sete corredores de BUS de alto desempenho em percursos que o memorando não adianta mas diz serem "estruturantes".

Os autocarros, esses, passarão a ter internet via wi-fi gratuita. Mas há mais. As preocupações ambientais são outro dos pontos fortes deste memorando. O objetivo é a substituição da frota por autocarros menos poluentes. E o aumento do número de veículos a gás e elétricos. No final os responsáveis querem chegar a uma redução em 40% das emissões poluentes. São 60 milhões de euros para investir em 250 autocarros nos próximos três anos.

"Temos uma visão estratégica para os próximos cinco anos", disse Fernando Medina, acrescentando estar consciente de que as mudanças não vão acontecer "num mês ou num ano".

Para ligar tudo isto, combinando melhor circulação com menos poluição, diz o documento que, estão previstos mais 4.455 lugares de estacionamento em parques dissuasores, junto aos estádios da Luz e Alvalade, Areeiro, estações de metro da Pontinha e Bela Vista, entre outros.

Prevista está também a contratação de 220 motoristas, já que vão existir mais autocarros em circulação. Profissionais que, segundo o documento, entregue aos jornalistas durante apresentação, terão "melhor formação" já que está a ser preparado um Centro de Formação de Condutores.

 

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