"Défice saiu do pêlo dos portugueses". Marcelo discorda de Teodora - TVI

"Défice saiu do pêlo dos portugueses". Marcelo discorda de Teodora

  • VC
  • 2 mar 2017, 14:13

Presidente do Conselho de Finanças Públicas disse que, até certo ponto, foi um milagre o Governo ter conseguido reduzir o défice para 2,1% no ano passado. Presidente da República discorda e sublinha o "trabalho" dos portugueses desde o resgate

O Presidente da República discorda da líder do Conselho de Finanças Públicas quanto àquilo que permitiu reduzir o défice para os 2,1% no ano passado. Se Teodora Cardoso disse, em entrevista ao Público e à Renascença que, até certo ponto, foi "um milagre", Marcelo Rebelo de Sousa discorda e até ironiza sobre o assunto.

Milagre este ano em Portugal só vamos celebrar um que é o de Fátima para os crentes, como é o meu caso, tudo o resto não é milagre. Saiu do pelo e do trabalho dos portugueses desde 2011/2012”.

Em declarações aos jornalistas no final de uma aula sobre a vida de Sá Carneiro na escola Rodrigues de Freitas, no Porto, que o ex-primeiro-ministro do PPD/PSD frequentou, Marcelo Rebelo de Sousa disse que “para já é preciso haver a decisão de saída do processo de défice excessivo”, ou seja, ter um défice abaixo de 3% do Produto Interno Bruto.

Isso [a redução do défice] foi um esforço muito grande dos portugueses desde 2011/2012 e todos esperamos que seja possível, mas vamos ver”.

Teodora Cardoso duvida da sustentabilidade das medidas que o Governo usou para conseguir reduzir o défice. “Até certo ponto, houve um milagre”, disse a presidente do Conselho de Finanças Públicas.

Na mesma entrevista, a economista lembrou que Portugal anda, desde o ano 2000, a entrar e sair do procedimento por défice excessivo. Uma dança que, defende, não acaba se o Governo insistir em bater o pé às reformas estruturais.

Teodora Cardoso considera, ainda, que Portugal tem de mudar a gestão das finanças públicas porque já não há espaço para somar mais despesa, numa altura em que o rácio da dívida está nos 130% do PIB.

Passado o aperto, diz, é tempo de reformas de com efeitos a médio prazo e é preciso uma nova política economica menos dependente da despesa pública e dos humores da política europeia.

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