CGD: ministério de Centeno admite que Domingues participou na preparação do plano - TVI

CGD: ministério de Centeno admite que Domingues participou na preparação do plano

  • ALM
  • 24 nov 2016, 16:03

Governo justifica o facto dizendo que "só podia nomear uma administração que apresentasse um plano com o qual concordasse e que fosse viável, desde logo junto das autoridades de concorrência europeias"

O Ministério das Finanças reagiu esta tarde à confirmação de Bruxelas que de António Domingues teria participado nas reuniões preparatórias do plano de capitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) antes de ser presidente do banco público.

As reuniões de preparação do plano de negócios e capital da Caixa Geral de Depósitos (CGD) com a DG Concorrência foram feitas pelo Governo, em colaboração com o Dr. António Domingues", assume o gabinete do ministro das Finanças, Mário Centeno.

 

Essas interações, que foram sempre lideradas pelo Governo, através do Secretário de Estado Adjunto do Tesouro e Finanças e membros do seu gabinete, são há muito do conhecimento público", refere ainda.

Acrescentando que as mesmas "foram fundamentais para a definição das condições iniciais do plano de negócios, em particular dos elementos de ausência de ajuda de Estado, e determinantes para o seu sucesso num curto espaço de tempo, que conduziu à sua aprovação" em 23 de agosto.

A nomeação da administração da CGD é um elemento do processo de recapitalização e reestruturação. O Governo só podia nomear uma administração que apresentasse um plano com o qual concordasse e que fosse viável, desde logo junto das autoridades de concorrência europeias", justifica o ministério.

E se dívidas existisse,, continua o comunicado, "o Governo tem confiança na reforma que está a empreender na CGD e na administração que escolheu, pelo seu profissionalismo, independência e idoneidade. O Governo está assim empenhado no sucesso do processo de capitalização".

Ao início da tarde, a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa reiterou que não houve "acesso a qualquer informação confidencial" nas reuniões que António Domingues manteve com a Comissão Europeia antes de assumir a presidência da CGD.

Por cá também se sucedem os episódios sobre o tema, com a polémica em torno das declarações de rendimentos da administração da ganhar mais um capítulo depois do secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix,  desvalorizar a competência do Tribunal Constitucional nesta matéria, quando o Governo, o PS, os parceiros de esquerda e o Presidente da República têm feito, pelo contrário, pressão para a equipa de António Domingues as entregar.

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