Banco mais problemático de Itália admite esgotar liquidez em 4 meses - TVI

Banco mais problemático de Itália admite esgotar liquidez em 4 meses

Monte dei Paschi di Siena

Governo italiano conseguiu obter a aprovação do Parlamento para aumentar a dívida soberana em 20.000 milhões de euros para atuar sobre o sistema bancário. Entretanto, Monte dei Paschi admitiu mais dificuldades do que o previsto e derrapa 19% em bolsa

O banco mais problemático da Itália, o Monte dei Paschi di Siena, está numa situação pior do que se esperava. A instituição já admite que espera gastar cerca de 11.000 milhões de euros da liquidez que possui mais rapidamente do que o previsto, ficando sem dinheiro em quatro meses.

De acordo com um documento actualizado, que foi apresentado no site do banco esta quarta-feira, o banco assume que as suas disponibilidades líquidas, atualmente em 10.600 ME, ficariam negativas em abril. No domingo e com base em certos pressupostos, o banco projetava que tal viesse a acontecer apenas dentro de 11 meses.

Agora antecipa que a posição será negativa em 15 milhões de euros no 5º mês, isto é, em maio, e poderá piorar ainda mais para os 740 milhões negativos até ao final do ano. Ainda no domingo previa atingir os 100 milhões negativos em dezembro de 2017.

Esta revelação é feita no dia em que as duas câmaras do Parlamento italiano aprovaram o pedido do governo para aumentar a dívida soberana em 20.000 milhões de euros, visando apoiar precisamente o setor bancário, dentro do qual o Monte dei Paschi é o caso mais complicado e urgente para resolver.

Prevê-se que ainda esta semana o Tesouro tenha de intervir para salvar este que é o terceiro maior banco do país.

A aprovação do Senado aconteceu minutos depois da Câmara também ter votado a favor da autorização para aumentar a dívida soberana para cobrir uma eventual intervenção.

Fontes do governo citadas pela Reuters adiantaram disseram que o fundo de resgate de 20.000 milhões também será usado para dar um impulso a outros bancos e garantir a liquidez no sistema bancário, que tem sido muito penalizado pelo crédito malparado.

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