O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral, que esta semana foi constituído arguido num processo extraído da operação Marquês, sente-se orgulhoso e não escondeu a satisfação, depois de aprovadas com 95,8% dos votos as contas de 2016 associação, era já madrugada desta sexta-feira.
Obviamente que o conselho de administração saio daqui com um orgulho muito grande em conduzir os destinos desta associação e eu próprio saio daqui muito satisfeito".
A maioria deu apoio à presidência de Tomás Correia à frente da Associação Mutualista. Ouvido pelos jornalistas, Tomás Correia respondeu aos críticos: "Como é que é possível entender que não sai reforçado, se o conselho de administração que eu presido apresenta um conjunto de propostas e a média das votações relativamente às propostas do conselho foi de 95,8% dos votos?".
Assinalou, também, que esta foi "a assembleia-geral mais concorrida de sempre, que foi precedida de uma campanha que não é habitual nestas circunstâncias".
Para o presidente da Associação Mutualista, "vozes críticas existem sempre", mas quando "quando depois se vota e têm menos de 5% dos votos para as suas posições, não se pode dizer que estejamos perante algo que é crítico ou que põe em causa o caminho".
A Antena 1 recolheu, no entanto, opiniões de associados que, no final da reunião, mostraram desconfiança e que dizem dizem não saber, na realidade, a situação da mutualista e do banco.
Críticas também à contagem de votos: quem vota contra levanta-se, todos os outros considera-se que votaram favoravelmente, segundo os testemunhos recolhidos.
A reunião, realizada no Coliseu de Lisboa, contou com mais de 1.400 associados, que aprovaram “por larga maioria de 95,8%”, os pontos constantes da ordem de trabalhos.
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A Montepio Geral Associação Mutualista revelou em meados de março que, a nível individual, obteve um lucro de 7,4 milhões de euros em 2016, quando tinha registado um prejuízo de 393 milhões de euros em 2015.
Esta é a dona da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), o banco, que apresentou na quarta-feira um prejuízo de 86,5 milhões relativo ao exercício do ano passado. Foi melhor do que o resultado líquido negativo de 243 milhões de euros em 2015.