A Espanha vai ser o próximo alvo da Moody`s: a agência de notação financeira anunciou esta sexta-feira que colocou o rating da dívida espanhola em perspectiva negativa, deixando antever um corte para os próximos meses. O rating da dívida de Espanha está, actualmente, em «Aa2», ou seja, considerado de «investimento de elevada qualidade».
Um patamar onde a Espanha vai continuar, já que a Moody`s assinalou que o corte será de apenas um nível, de acordo com um comunicado de imprensa enviado pela casa financeira.
A ministra da Economia espanhola, Elena Salgado, reagiu ao anúncio da Moody`s classificando que «não é uma boa notícia», mostrando-se esperançosa que não seja concretizado.
Entretanto, José Luis Zapatero anunciou eleições antecipadas para Novembro.
A agência de rating justifica este Outlook negativo com o «agravamento das condições orçamentais e preocupações em torno do crescimento económico», cita a Reuters.
Juros da dívida vão subir, défice vai ser maior
Para a Moody`s, a Espanha vai falhar a meta do défice para este ano, de 7,5% do PIB, tendo-se mostrado particularmente preocupada com as finanças do país, em especialmente na área da Saúde.
A Moody`s avisa também que a Espanha vai ser alvo de um aumento das pressões para se financiar nos mercados de dívida, consequência directa do acordo europeu de ajuda à Grécia, que envolve, pela primeira vez, o sector privado e aumenta o risco dos investidores detentores de créditos sobre os países mais frágeis da Zona Euro.
Cinco bancos também sob a ameaça da Moody`s
A Moody`s decidiu ainda colocar o rating de cinco bancos espanhóis sob revisão para uma possível descida. São eles o Santander, o BBVA, o CaixaBank, o La Caixa e o CECA.
O anúncio da Moody`s surge um dia depois da equipa de José Luis Zapatero ter revelado uma redução do défice de 19% no primeiro semestre do ano.
Em reacção, as bolsas intensificaram quedas e os juros da dívida pública espanhola subiram.
Moody`s prepara-se para cortar rating da Espanha
- Redação
- RL
- 29 jul 2011, 08:30
Para a agência de rating, o país de Zapatero vai enfrentar um aumento dos juros da dívida pública como consequência da crise na Grécia, que exigiu um segundo plano de resgate
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