Motoristas de empresas conduziram entre as 06:00 e as 10:00 pelo menos 71 camiões-cisterna, apesar do aviso do porta-voz dos motoristas de matérias perigosas de que ninguém ia “fazer absolutamente nada hoje”, disse à Lusa fonte governamental.
De acordo com a mesma fonte, partiram da Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima em Lisboa, 35 camiões entre as 06:00 e as 08:00, e 36 entre as 08:00 e as 10:00.
Estes camiões-cisterna que saíram estavam a ser conduzidos por motoristas de empresas e sem escolta de militares, adiantou a mesma fonte.
O porta-voz dos motoristas de matérias perigosas afirmou esta quarta-feira que os trabalhadores não iam cumprir serviços mínimos nem a requisição civil, em solidariedade para com os colegas que foram notificados por não terem trabalhado na terça-feira.
Em solidariedade para com os seus colegas [que foram notificados], ninguém vai sair daqui hoje”, assegurou Pedro Pardal Henriques esta manhã em Aveiras de Cima, Lisboa.
No local a TVI constatou que alguns camionistas só fizeram a primeira descarga e voltaram para trás.
A GNR e a PSP asseguraram, na segunda e terça-feira, o transporte de combustível em 28 camiões-cisterna no âmbito da situação de alerta declarada pelo governo devido à greve dos motoristas de matérias perigosas, foi hoje anunciado.
Na sequência da situação de alerta declarada pelo ministro da Administração Interna, foram assegurados pela Guarda Nacional Republicana [GNR] e pela Polícia de Segurança Pública [PSP], entre os dias 12 e 13 de agosto, transportes de combustível em 28 veículos pesados de transporte de mercadorias perigosas”, refere o ministério da Administração Interna em comunicado hoje divulgado.
Segundo a mesma fonte, o transporte feito pelas duas forças policiais teve como destino as regiões de Lisboa, Faro, Setúbal, Sintra, Beja e Algarve.
A operação, adiantou o ministério, envolveu 49 elementos das forças de segurança.
Pardal Henriques já reagiu ao comunicado do governo e garante que estão a sair menos camiões esta quarta-feira. O porta-voz do sindicato dos motoristas de matérias perigosas acredita que não existem motoristas suficientes para serem prestados os serviços mínimos.
Nem sabemos que serviços é que estão enquadrados nos serviços mínimos", acrescentou Pardal Henriques