YPF/Repsol: Espanha receia represálias da Argentina?

Notícia atualizada Às 12h30 de domingo

O ministro da Economia espanhol está confiante que «não se repita» o que aconteceu com a nacionalização da YPF, filial da espanhola Repsol na Argentina. Mas admitiu que eventuais «decisões adicionais» do Governo argentino contra empresas espanholas «agravariam ainda mais a situação».

Quando questionado se não receia novas medidas da Argentina como resposta às sanções anunciadas por Madrid, Luis de Guindos disse, em conferência de imprensa, após as reuniões da primavera do FMI, que «o Governo espanhol atua com base em princípios» e, como tal, «quando considera que um princípio foi violado, tem que atuar independentemente de possíveis consequências».

O ministro da Economia do país vizinho realçou, segundo a Efe, que, tal como o G20 na sexta-feira, também o FMI apresentou no sábado, nas suas conclusões finais, uma referência «à necessidade de proteger o investimento e evitar tentações protecionistas».

«No atual momento da economia mundial, qualquer tipo de tensão protecionista seria extremamente negativa do ponto de vista da recuperação» económica.

De Guindos escusou-se a revelar quais as medidas que o Governo espanhol pretende adotar para responder à expropriação da parte maioritária que a petrolífera espanhola Repsol tinha na YPF.

«A Espanha vai utilizar todos os meios, tanto a nível internacional como na própria Argentina, para exercer uma pressão absolutamente legítima, na sequência da decisão do Governo argentino, que viola os princípios básicos do direito à propriedade e segurança jurídica», concluiu, citado pela Lusa.

Entretanto, foi anunciado que o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol vai apresentar segunda-feira, aos seus homólogos europeus, medidas aprovadas pelo Governo contra a Argentina em resposta à nacionalização da YPF.