Açoreana Seguros passa de prejuízos a lucros - TVI

Açoreana Seguros passa de prejuízos a lucros

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Resultado cima de 5 milhões de euros até Junho. Empresa detém 5% de activos em dívida pública portuguesa

A seguradora Açoreana registou lucros de 5,05 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, quando no mesmo período do ano passado tinha obtido resultados negativos de 9,2 milhões de euros, em grande parte por causa do temporal na Madeira.

«O sinistro da Madeira custou-nos 5,8 milhões de euros», afirmou o presidente da comissão executiva da companhia, Diogo da Silveira, acrescentando que nos últimos dois anos a seguradora tem feito um corte nos custos, incluindo atrasar investimentos, para equilibrar resultados.

O lucro da seguradora nos primeiros seis meses deste ano traduziu uma melhoria da rentabilidade dos capitais próprios que se situou nos 8,9%, nota a Lusa.

A Açoreana registou nos ramos não vida uma produção de 152,1 milhões de euros, menos 6,6% do que no período homólogo anterior, enquanto nos ramos vida registou um decréscimo de 14,9% para 92,2 milhões de euros.

Diogo da Silveira adiantou que a consolidação do mercado segurador é um processo que vai continuar, face à pequena dimensão das empresas portuguesas face às europeias, e referiu que existe uma seguradora que está «neste momento em processo de venda».

O líder da Açoreana, do Grupo Banif, acredita que vai continuar a haver fusões e aquisições no mercado segurador nacional. E revela mesmo que, neste momento, há uma seguradora à venda, mas escusou revelar o nome, dizendo apenas que a Açoreana não participa neste processo.

5% de activos em dívida soberana

O bom desempenho de países como a Holanda, França ou Alemanha compensa o risco de a Açoreana deter títulos de dívida soberana dos países em dificuldades, como Portugal, onde tem 5%.

«50% dos activos da Açoreana são em obrigações soberanas e cerca de 10%, ou 5%do total, são de obrigações soberanas nacionais», afirmou o presidente da comissão executiva da Açoreana, Diogo da Silveira.

Cerca de 8% dos activos da companhia são dívida italiana, também cerca de 8% são dívida soberana espanhola, 5% portuguesa e 1,7% dívida grega.

«Mas em risco de taxa de juro melhorámos, pois a holandesa, francesa e alemã valorizaram em termos de carteira de obrigações», adiantou o mesmo responsável.
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