Alemanha: aeroportos em greve cancelam centenas de voos - TVI

Alemanha: aeroportos em greve cancelam centenas de voos

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Só a Lufthansa já cancelou mais de 400 voos

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Uma greve dos trabalhadores do setor público nos aeroportos alemães de Frankfurt, Munique, Dusseldorf, Colónia, Estugarda, Hannover, Bremen, Dortmund e Muenster-Osnabrueck para exigir aumentos salariais de 6,5% obrigou esta terça-feira à anulação de centenas de voos.

A Lufthansa, maior companhia aérea alemã, anunciou o cancelamento de mais de 400 voos domésticos, europeus intercontinentais nos referidos aeroportos, devido à greve do pessoal de terra filiado no ver.di.

Da lista das anulações publicada na internet constam os voos LH-1176 Frankfurt-Porto e LH-1177 Porto-Frankfurt e LH-1162 Frankfurt-Faro e LH-1163 Faro-Frankfurt.

A paralisação convocada pelo sindicato ver.di, que representa dois milhões de trabalhadores do setor público, afetou sobretudo os serviços de tráfego em terra, de manutenção, administração e de carga e descarga das aeronaves.

O ver.di exige aumentos salariais de 6,5% e, pelo menos, mais 200 euros mensais para cada trabalhador.

Os representantes do governo central e dos governos regionais apresentaram uma contraproposta de 3,3% de aumentos, para um prazo de dois anos.

O ministro do interior, Hans-Peter Friedrich, considerou, entretanto, «desproporcionado» o alargamento das greves do setor público aos aeroportos.

«Fizemos uma oferta de aumentos substancial e não se justifica estar a maltratar a população com estas greves».

As negociações entraram num impasse e o ver.di voltou a convocar greves nas várias regiões do país em que já participaram centenas de milhares de trabalhadores, desde o princípio da semana passada.

Além das greves nos aeroportos, foram convocadas também para hoje paralisações nos serviços de remoção de lixo, infantários, hospitais, cãmaras municipais, transportes públicos, caixas de poupança e outros serviços públicos na Renânia-Palatinado, Sarre e em Hamburgo.

A próxima ronda negocial começa na quarta-feira, em Potsdam, e o ver.di já advertiu que, se voltar a não haver acordo, convocará um referendo entre os filiados para decidir sobre uma greve ilimitada.
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