Almerindo Marques demite-se da Estradas de Portugal

Almerindo Marques pediu a demissão da Estradas de Portugal (EP), confirmou a Agência Financeira. O gestor deverá abandonar funções a 31 de Março.

Segundo o «Diário de Notícias», na origem da demissão estará a indefinição do Governo quanto ao modelo de financiamento da empresa, que Almerindo Marques considerava urgente mas que, por mais do que uma vez, o Executivo negou repensar, e que para o gestor era essencial para responder à pesada factura que a empresa paga às concessionárias das SCUT.

Já a Lusa escreve que o Ministério das Obras Públicas solicitou ao gestor que continuasse como presidente da empresa pública.

Numa nota enviada à agência estatal, a tutela «confirma o pedido de demissão», que justifica «por motivos de ordem pessoal», e afirma que «Almerindo Marques é um excelente servidor da causa pública e as suas qualidades de gestor continuam a ser importantes para os desafios da Estradas de Portugal».

Na nota, o conselho de administração da empresa, que hoje se reuniu, refere ainda que, «não havendo razões que requeiram a imediata concretização [da demissão], a mesma ficará sujeita a data que a tutela vier a acordar».

O responsável estava na presidência da Estradas de Portugal desde 2007, altura em que foi nomeado por Mário Lino, então ministro das Obras Públicas.

Almerindo Marques foi reconduzido, em Julho de 2010, para um novo mandato de três anos à frente da empresa, mas não o terminará.