Análise: fusão Zon/Optimus com elevada hipótese de sucesso - TVI

Análise: fusão Zon/Optimus com elevada hipótese de sucesso

Sinergias podem superar os 700 milhões de euros

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A fusão entre a Zon Multimédia e a Optimus, detida pela Sonaecom, tem elevadas hipóteses de merecer o «OK» dos acionistas de ambas as empresas e autoridades, permitindo gerar grandes sinergias, que podem ultrapassar os 700 milhões de euros, adiantam os analistas de mercado.

«A fusão necessita de autorização dos acionistas e das autoridades regulatórias, que em nossa opinião deverá ser favorável», referiu o banco UBS, numa nota divulgada esta segunda-feira, cita a Reuters.

Também o Citigroup considera que a fusão será bem sucedida, mas «que deverá levar tempo e estar sujeita à aprovação por parte dos reguladores».

«Estimamos que não esteja completo antes do segundo semestre de 2013», adiantou o banco de investimento.

As ações das duas empresas dispararam na abertura da bolsa 15,5% (no caso da Zon) e 17% (no caso da Sonaecom) para máximos de julho de 2011 e de fevereiro de 2010, respetivamente, devido às elevadas sinergias que serão libertadas caso o negócio se concretize.

«As sinergias estimadas poderão exceder os 700 milhões de euros, o que corresponde a 50% da capitalização bolsista conjunta das duas empresas», referiu ainda o UBS, antes de acrescentar que «as previsões de analistas para as sinergias do negócio, de entre 300 a 400 milhões de euros são conservadoras».

«Há muitos custos que podem ser partilhados, como a publicidade, call centers, administrativos, sistemas de cobrança, estruturas comerciais, entre outras».

Já o Nomura garantiu que a fusão entre a dona das TV Cabo e a Optimus «faz sentido estratégico, especialmente tendo em conta a difícil conjuntura económica».

O JP Morgan, por sua vez, defende que as sinergias serão na ordem dos 400 milhões. Numa análise de research, os analistas do banco de investimento dizem, ainda, que a operação não foi uma surpresa.

Segundo os analistas do grupo Santander, «o acordo [para a fusão] não estará concluído antes do quarto trimestre de 2013».

No entanto, «esperamos notícias das empresas sobre as sinergias» durante fevereiro de 2013, altura em que também decorrerão as assembleias gerais de ambas as empresas.

Para o Santander, as duas potenciais barreiras a este acordo: uma exceção para o lançamento da OPA, cuja decisão depende do regulador do mercado CMVM, e a aprovação dos acionistas da Zon.

Pela parte da Sonaecom, Ângelo Paupério diz a operação tem o «apoio entusiástico» do grupo.

As ações da Zon fecharam a sessão na bolsa a liderar os ganhos: valorizaram 6,15 por cento, para os 2,987 euros. Seguiram-se os títulos da Sonae que subiram 3,90 por cento, para os 0,693 euros por ação.

[Notícia atualizada às 17h20 com mais análises]
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