Argentina leva nacionalização da YPF ao FMI e Banco Mundial - TVI

Argentina leva nacionalização da YPF ao FMI e Banco Mundial

YPF

Decisão de Cristina Kirchner de expropriar 51% da empresa detida pela Repsol prende-se com a gestão ineficiente do grupo

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A Argentina vai levar a expropriação de 51% das ações da petrolífera YPF à espanhola Repsol a debate na próxima assembleia-geral do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.

O ministro da Economia argentino, Hernán Lorenzino, vai transmitir aos restantes países presentes na reunião «a importância» que tem para a Argentina a decisão de «fortalecer a soberania energética», disse o Ministério, num comunicado citado pela Lusa.

A nota refere a decisão da presidente argentina, Cristina Fernández Kirchner, de enviar ao Parlamento um projeto para expropriar 51% da YPF «como consequência da gestão ineficiente do grupo da Repsol, que punha em risco o auto-abastecimento de combustíveis do país».

«A gestão irresponsável do grupo Repsol deu lugar a uma queda significativa da produção de crude [de 20 milhões de barris em 1998 para os 11 milhões em 2011], um acontecimento sem precedentes históricos similares».

O ministro disse que, em vez de capitalizar a YPF para investir em exploração e manter um nível de produção «de acordo com as crescentes necessidades de uma procura em expansão», a «gestão da empresa privada limitou-se a esvaziar as reservas existentes [1.205 milhões de barris em 1998 para 666 milhões de barris em 2011]».

O governante argentino, que na próxima sexta-feira e sábado vai assistir em Washington à assembleia do FMI e do BM, disse que a YPF se endividou «de forma explosiva, especialmente desde 2004, triplicando a sua dívida em dólares».

A Argentina já avisou, de resto, que não vai pagar a indemnização exigida pela Repsol pela nacionalização da YPF.
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