Bancos com fundos de pensões integrados estão mais «apetecíveis» - TVI

Bancos com fundos de pensões integrados estão mais «apetecíveis»

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Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas considera que bancos estão mais susceptíveis a oefrtas de compra

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O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas considera que os bancos cujos fundos de pensões foram transferidos para o Estado ficaram mais atractivos e, logo, mais susceptíveis a ofertas de compra.

«A banca portuguesa sempre foi competitiva, mas ficou mais opável (sujeita a uma Oferta Pública de Aquisição), mais comprável com a diminuição da responsabilidade dos fundos de pensões», disse Rui Riso, também dirigente da Febase ¿ Federação do Setor Financeiro, numa audição conjunta esta manhã perante os deputados das Comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e Segurança Social e Trabalho.

Esta audição, pedida pelo PCP, tinha o intuito de ouvir os sindicatos sobre a transferência dos fundos de pensões de bancos privados para a Segurança Social.

Numa audição curta, de cerca de uma hora, o PSD e CDS salientaram que este pedido do PCP não teve os efeitos pretendidos pelos deputados comunistas já que os sindicatos estiveram envolvidos neste processo e ficaram satisfeitos com as conclusões a que chegaram com Governo e bancos.

Em resposta, Rui Riso discordou desta opinião, considerando que a forma como o Governo conduziu este processo foi um «mau exemplo» já que, apesar de o Executivo ter anunciado esta medida extraordinária em Agosto, só envolveu os sindicatos em dezembro. Ainda assim, considerou que pelo menos os sindicatos conseguiram assegurar os direitos dos pensionistas.

«Chegámos tarde às negociações mas entendemos que assim assegurámos melhor os direitos dos pensionistas bancários», afirmou Rui Riso, que disse ter confiança de que o Estado não vai incumprir no futuro o compromisso agora assumido.

A transferência dos fundos de pensões de bancos privados para a Segurança Social permitiu aos cofres públicos encaixar em 2011 quase seis mil milhões de euros e assim cumprir a meta do défice orçamental. Em contrapartida, desde 1 de Janeiro, o Estado ficou com a responsabilidade de pagar as pensões destes reformados bancários, num custo estimado pelo ministro das Finanças de 480 milhões de euros este ano.
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