Bava: desinvestir do Brasil seria «amputar futuro» da PT - TVI

Bava: desinvestir do Brasil seria «amputar futuro» da PT

Zeinal Bava

Telefónica ofereceu 5,7 mil milhões de euros para comprar 50% da brasileira Vivo

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O presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, justificou esta terça-feira a recusa da oferta de aquisição da Telefónica pela posição que detém na brasileira Vivo, referindo que tal operação significaria «amputar o futuro» da operadora.

«Desinvestir no Brasil, através da alienação da Vivo significaria amputar o futuro da PT uma vez que a escala e crescimento são factores críticos de sucesso no sector das telecomunicações», disse à Lusa Zeinal Bava.

«O valor de um activo de crescimento futuro, como a Vivo, não pode ser medido apenas por critérios financeiros. Também é um valor de estratégia financeira e é assim que deve ser considerado», acrescentou Bava desta feita à Reuters.

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Na segunda-feira à noite, a PT anunciou ter recebido uma oferta de aquisição «não solicitada, vinculativa e incondicional» da espanhola Telefónica pela posição que detém na Brasilcel, dona da Vivo, no valor de 5,7 mil milhões de euros.

A proposta foi rejeitada por unanimidade, uma resposta que deixou a Telefónica «desapontada».

Já os grandes accionistas da PT aplaudiram a oferta da Telefónica. O Banco Espírito Santo (BES), que detém 9,13% da operadora, e o Barclays Bank, que detém 5,12%, mostraram-se claramente a favor da operação.

Para o banco de Ricardo Salgado a oferta, vista numa perspectiva meramente financeira, deveria ter sido tida em linha de conta.

Também o Barclays considera, citado pelo Invertia, que o objectivo de controlar a totalidade da Vivo faz todo o sentido e que «o resultado mais provável será a troca de acções».

A Brasilcel, que detém a Vivo, é detida a 50% pela PT e a outra metade pela Telefónica.

[Notícia actualizada às 12h com opinião dos accionistas]
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