BPN: detalhes da venda só depois de concluído o processo

Os detalhes relativos à venda do BPN ao BIC serão divulgados só quando a operação estiver concluída, disse o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, recusando a existência de um novo empréstimo associado à reprivatização do banco.

O primeiro-ministro reagiu assim à notícia do jornal «Público», segundo a qual o acordo entre o Governo e o BIC Portugal prevê uma almofada de liquidez de 300 milhões de euros concedida pela Caixa Geral de Depósitos.

«Não se trata de um empréstimo, trata-se de uma linha de crédito que poderá vir a ficar disponível em condições que constam da proposta que o banco BIC fez e que o Governo aceitou no ano passado», respondeu Passos Coelho, depois de ser questionado pelos jornalistas.

O governante sublinhou que o que está em causa é a «manutenção de condições para emissão de papel comercial que é necessário prevenir no dia a seguir à venda», lembrando que a operação ainda não foi concluída e está a ser analisada pela Direção-Geral da Concorrência em Bruxelas.

«Assim que ficar concluído todo o processo, haverá uma publicitação, com toda a transparência, de todos os dados envolvendo a própria operação de reprivatização», garantiu Passos citado pela Lusa.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, comentou anteriormente a notícia do «Público», dizendo que ia pedir explicações ao Governo sobre «as razões que levam a que o Estado faça mais este empréstimo» e acrescentou que o Governo «tem que verificar muito bem, porque já há muito dinheiro dos contribuintes colocado no BPN».