BPN: lucro do vendedor na compra de acções da SLN foi de 6,25% - TVI

BPN: lucro do vendedor na compra de acções da SLN foi de 6,25%

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Banco foi «obrigado» a comprar as ditas acções por imposição legal ao preço unitário de 3,04 euros

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A compra de mais de 6,5 milhões de acções da SLN pelo BPN foi feita com mais valias de 6,25 por cento, segundo o banco, e não com o lucro para o vendedor de 204 por cento referido por Paulo Portas no Parlamento.

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, questionou esta sexta-feira no Parlamento o Governo sobre se o Banco Português de Negócios (BPN) comprou acções da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), antiga dona do banco, «já depois da nacionalização», dizendo que os títulos tinham «valor de um euro» e que foram comprados «pelo BPN, ou seja, pela Caixa Geral de Depósitos [CGD]» a 3,04 euros, com um lucro de 204 por cento.

Porém, conforme consta de um comunicado emitido pela administração do BPN, em resposta à pergunta de Paulo Portas, o BPN foi «obrigado» a comprar as ditas acções por imposição legal ao «preço unitário de 3,04 euros (igual ao preço de compra), acrescido de um rendimento líquido de 5 por cento ao ano».

Acontece que, ainda de acordo com a equipa de gestão nomeada pela CGD, o conselho de administração do BPN liderado por Miguel Cadilhe acordou com a parte vendedora ¿ o empresário bracarense José Veloso Azevedo ¿ a prorrogação do prazo de vencimento da opção de compra celebrada ainda nos tempos em que Oliveira e Costa era o presidente do banco, «passando o referido rendimento a ser calculado à taxa de 6,25 por cento ao ano».

Uma vez que o contrato original de opção de venda entre o

BPN e o referido empresário foi celebrado em Junho de 2006, tendo sido liquidado o negócio (presumivelmente) no final de 2010, José Veloso Azevedo terá obtido mais valias de 6,25 por cento em cada um dos anos em que vigorou o acordo, um lucro bastante distante dos 204 por cento mencionados pelo deputado do CDS.

Esta e outras questões deverão ser debatidas na próxima segunda-feira, quando Francisco Bandeira se desloca à Comissão de Orçamento e Finanças.
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