BPN: trabalhadores satisfeitos com venda

A comissão de trabalhadores do BPN mostrou-se esta segunda-feira satisfeita com o fim da reprivatização do banco, ocorrido na semana passada, mas alertou que aguarda soluções para a manutenção de todos os 1.580 postos de trabalho.

Em conferência de imprensa hoje, no Porto, o coordenador da comissão de trabalhadores (CT) do BPN, Nuno Linhares, afirmou que se congratularam «por este longo processo ter chegado ao fim (...) de uma forma satisfatória», estando agora com «expectativa e entusiasmo» a aguardar que sejam criadas condições para que os funcionários daquela entidade possam acordar deste «pesadelo horrível».

Já no momento de responder a perguntas dos jornalistas, Nuno Linhares explicou que, para a CT, «o único resultado positivo que existe é a manutenção de todos os postos de trabalho», acrescentando que, neste momento, há uma divisão dos funcionários em duas empresas: 639 passaram para a empresa criada pelo Estado, a Parvalorem (e que elegem a sua própria CT na terça-feira), enquanto os restantes permanecem afetos ao BPN.

«No entanto, consideramos que todos somos trabalhadores do BPN e estaremos solidários com a CT que vai ser eleita amanhã da Parvalorem, no sentido de procurar todas as soluções para os postos de trabalho», acrescentou Nuno Linhares, salientando que dentro da Parvalorem existe um negócio de gestão de créditos.

O coordenador da CT mostrou-se também otimista em relação à possibilidade de o Banco BIC Portugal, que formalizou a aquisição da instituição na passada sexta-feira, vir a preservar mais agências do que o mínimo de 160 que foi estabelecido no acordo.

O BPN vai manter cerca de 1.000 postos de trabalho do BPN, apesar de apenas estar obrigado a ficar com 750 trabalhadores, disse o presidente do Conselho de Administração.