Carros eléctricos: o porquê das tarifas de utilização

Se tem ou quer adquirir um carro eléctrico, fique a saber que vai pagar pelo menos metade do que o que acontece quando se abastece um automóvel a gasolina e que as tarifas de utilização se destinam a evitar a distribuição dos custos por todos os consumidores. O esclarecimento é feito pelo Gabinete de Apoio à Mobilidade Eléctrica em Portugal, na sequência de notícias divulgadas na segunda-feira, com base numa portaria publicada em Diário da República.

No caso dos pontos de carregamento rápido, diz a portaria, «as tarifas de serviço máximas para remuneração da actividade de operação de pontos de carregamento são 0,20 euros/kilowatt-hora», enquanto nos pontos de carregamento normal, a tarifa máxima é de 0,07 euros.

Ora este gabinete explica que «o pagamento de uma tarifa pela utilização das infra-estruturas, não é uma taxa para o Estado, resulta da necessidade de ressarcir os operadores privados do investimento elevado associado a este equipamento».

«A portaria tem como objectivo limitar o valor que os operadores de pontos de carregamento podem cobrar pela prestação do serviço de carregamento de veículos eléctricos» e «acresce ainda a preocupação de evitar a socialização de um custo de utilização de um serviço, que a ser subsidiado estaria a ser suportado por todos os consumidores nas respectivas facturas energéticas».

A MOBI.E garante ainda que «o carregamento de veículos eléctricos nos pontos de carregamento rápidos, situados nas auto-estradas ou em locais estratégicos nas cidades, ficará pelo menos 50% mais barato do que o abastecimento de um veículo a gasolina» e que nos postos normais da rede, «sobretudo no nocturno, ficará cerca de 75% a 80% mais barato, para um consumo de 100 km». Este é, de resto, o período de carregamento em que se pode tirar maior partido das energias renováveis.