É mais um episódio na novela BPN. Depois de ter ficado provado que Cavaco Silva vendeu as acções que detinha da SLN a um preço comum aos dos restantes accionistas, agora as atenções centram-se no valor da compra.
De acordo com o «Expresso» e o «Público», o actual Presidente da República comprou títulos da Sociedade Lusa de Negócios, dona do BPN, a um valor inferior ao de outras transacções nessa época.
Em 2001, Cavaco Silva comprou acções a um euro, ao passo que outros investidores as terão comprado a 1,8 euros e a 2,2 euros, segundo escrevem os dois jornais.
Meses antes da compra de títulos da SLN por parte de Cavaco Silva, a empresa realizou um aumento de capital, a 24 de Novembro de 2000, e estipulou o valor das suas acções em três categorias: 1,8 euros para venda aos accionistas; 2,2 euros a outros investidores e a um euro para um lote de acções que Oliveira Costa reservou para si e para algumas sociedades do grupo, entre as quais a SLN Valor. Deste último grupo, 105.378 acções foram vendidas a Cavaco Silva.
Contas feitas ao preço de venda e ao preço de compra das acções, de um euro em 2001 e 2,40 euros em 2003, a operação resultou numa mais-valia de 140% em dois anos.
Em reacção a estas notícias, Cavaco Silva disse este sábado que «não alimento campanhas sujas, desonestas».
Já esta sexta-feira, Alberto Queiroga Figueiredo, presidente da SLN Valor, admitiu à TSF que Cavaco Silva teria comprado as acções da SLN a um preço inferior ao praticado na altura.
O membro da Comissão de Honra da recandidatura de Cavaco Silva reconheceu ainda que o actual Presidente da República terá tido acesso a informação que outros não tiveram sobre o futuro do BPN, o que poderá ter precipitado a venda das suas acções.
Estas declarações surgiram um dia depois de Marques Mendes ter referido, na TVI24, que Cavaco Silva vendeu as acções a «um valor inferior» ao praticado na altura.
Saiba mais aqui:
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Cavaco Silva comprou acções da SLN a preço de saldo
- Redação
- RL
- 8 jan 2011, 11:48
É mais um episódio em época de pré-campanha eleitoral para as Presidenciais: o actual Presidente comprou acções a um euro, quando elas valiam 1,8 e 2,2 euros
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