CGD: OPA sobre Brisa e Cimpor são operações diferentes - TVI

CGD: OPA sobre Brisa e Cimpor são operações diferentes

José de Matos

Oferta sobre concessionária de auto-estradas classificada como operação de reestruturação de crédito

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O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou esta sexta-feira que as Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) lançadas sobre a Brisa e a Cimpor são «operações completamente diferentes», qualificando a primeira como uma operação de reestruturação de crédito, cita a Lusa.

As OPA da Brisa e da Cimpor «são duas operações completamente diferentes», afirmou José de Matos, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Economia e Obras Públicas, para prestar esclarecimentos sobre a oferta lançada sobre a Cimpor, a pedido do PS.

Em resposta ao deputado do PCP Agostinho Lopes, o presidente executivo da CGD disse que o banco público - que é acionista da Cimpor e que é intermediário financeiro na OPA lançada pelo grupo José de Mello e pela Arcus sobre a Brisa - «olha para as duas operações do ponto de vista da sua atividade creditícia».

Na Brisa, a CGD está a «facilitar uma operação de crédito que permite facilitar garantias de crédito sobre as empresas», disse José de Matos, afirmando tratar-se de uma «uma operação de reestruturação de crédito».

Em resposta à deputada do Bloco de Esquerda (BE) Catarina Martins, o presidente do banco público disse que «não teve qualquer contacto com o Governo» sobre a OPA lançada sobre a Brisa, uma operação que «estava a ser estudada há vários meses».

Além da Caixa Banco de Investimento, são intermediários financeiros da OPA lançada sobre a Brisa o Espírito Santo Investment Bank e o Millennium Investment Banking.

José de Matos disse que «a CGD é o banco que participa menos» na operação, escusando-se, contudo, a avançar valores.

Além de José de Matos está também a ser ouvido o presidente do conselho de administração da CGD, Faria de Oliveira.

A Tagus Holding - sociedade domiciliada no Luxemburgo, detida a 55% pela José de Mello Investimentos e a 45% pela Arcus European Infrastructure Fund (AEIF Apollo) - lançou, a 20 de março, uma OPA sobre a totalidade das ações da Brisa, oferecendo 2,66 euros por ação.

Já a InterCement, detida pelos brasileiros da Camargo Corrêa, lançou a 30 de março uma OPA sobre a totalidade do capital da Cimpor, oferecendo 5,50 euros por ação.
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