CGD vai continuar «a registar elevadas imparidades» - TVI

CGD vai continuar «a registar elevadas imparidades»

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Nogueira Leite deixa previsão para o segundo semestre deste ano e para 2013

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O vice-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) António Nogueira Leite disse esta segunda-feira que o banco público vai continuar a apresentar elevados montantes de imparidades tanto no segundo semestre deste ano como em 2013.

Na apresentação, em Lisboa, de um relatório sobre as exportações em Portugal feito pelo economista Augusto Mateus para a CGD, Nogueira leite abordou o atual momento do banco público para afirmar que este é o reflexo das opções do passado.

«As instituições vivem com constrangimentos porque têm passado. A CGD começou por ser um banco hipotecário e na última década deu protagonismo à construção, a tudo o que é obra imobiliária e ao financiamento público. Alguns de nós anunciámos várias vezes que esse caminho era um caminho sem futuro e a CGD tem de criar condições para que possa ter futuro», afirmou o responsável, citado pela Lusa.

Nogueira Leite falou das recentes perdas apresentadas pela CGD para afirmar que dependem das «imparidades registadas» e disse que estas deverão mesmo continuar.

Registamos um «elevado montante de imparidades o ano passado e no primeiro semestre e antevemos que tal continue e não apenas no semestre que atualmente corre», adiantou Nogueira Leite.

A CGD apresentou no primeiro semestre prejuízos de 12,7 milhões de euros. Em agosto, na presentação dos resultados, a administração liderada por José de Matos atribuiu este resultado negativo à necessidade de ter contabilizado 728,9 milhões de euros para provisões e imparidades. Destes, a maior parte (483,3 milhões de euros) foram para imparidades de crédito, sendo a CGD um banco com tradição nos empréstimos à habitação e construção e imobiliário. Os restantes 245,6 milhões foram para provisões e imparidades de outros ativos líquida, destinados sobretudo a fazer face à desvalorização das participações do banco na Portugal Telecom (54 milhões de euros), no BCP (6,8 milhões) e na La Seda Barcelona (38 milhões), assim como a exposição a títulos detidos pela área seguradora do Grupo.

A SIC noticiou recentemente que o grupo Caixa Geral de Depositos pode ter de registar ainda mais imparidades este ano do que em 2011. O ano passado, a CGD apresentou prejuízos superiores a 400 milhões de euros.

As imparidades designam a diferença entre o valor real de um ativo e o valor registado no balanço.
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