Chefe da Volkswagen ganhou 17 milhões em 2011

O presidente executivo da Volkswagen, Martin Winterkorn, foi o gestor mais bem pago da Alemanha em 2011, ano em que recebeu 17,4 milhões de euros, revela o relatório e contas do consórcio automóvel alemão, publicado esta segunda-feira.

Os outros gestores de topo da marca automóvel auferiram em 2011 entre 7,3 e 8,1 milhões de euros, de acordo com a mesma fonte.

No total, a VW pagou no ano passado 70,6 milhões de euros aos seus oito principais gestores, o dobro da quantia despendida em 2010.

Winterkorn já tinha sido o gestor mais bem pago da Alemanha em 2010, com 9,3 milhões de euros, à frente do presidente executivo do Deutsche Bank, Josef Ackermann.

A razão para o substancial aumento dos rendimentos do chefe da Volkswagen em 2011 foi o bónus de 11 milhões de euros que recebeu, pelos lucros recorde obtidos.

Winterkorn bateu assim o seu próprio recorde de 2008, ano em que recebeu 12,7 milhões de euros, e também o recorde de Ackermann, que em 2007 ganhou 14 milhões de euros.

O recorde absoluto de ganhos num ano por um gestor alemão, no entanto, continua na posse de Wendelin Wiedeking, o ex-presidente executivo da Porsche, que em 2007 arrecadou 77 milhões de euros, por ter aumentado consideravelmente o valor das ações do construtor de carros de desporto, na tentativa, gorada, de adquirir a VW.

A Volkswagen terminou 2011 com lucros de 15,3 mil milhões de euros, mais do que o dobro do ano anterior, vendendo neste período 8,3 milhões de veículos em todo o mundo.

Em 2012, Winterkorn tenciona obter resultados ainda melhores, vender mais automóveis, e tornar-se o primeiro fabricante à escala mundial, anunciou Winterkorn hoje, em Wolfsburg, durante a apresentação de contas da VW.

Para conseguir esta meta, a VW decidiu também dar um prémio anual de 7.500 euros a cada um dos 100 mil trabalhadores do consórcio na Alemanha, quase 90 por cento mais do que tinham recebido em 2010, e o maior prémio do género de sempre, segundo a comissão de trabalhadores.

A nível mundial, a marca alemã tem cerca de 400 mil funcionários.

Quanto aos acionistas, receberão um aumento de dividendos de 80 cêntimos por ação, se a Assembleia-Geral, aprovar, a 19 de abril, a proposta da direção executiva e do conselho de administração.