Chineses da State Grid investem 12 milhões em Portugal - TVI

Chineses da State Grid investem 12 milhões em Portugal

Crescimento

Empresa que comprou a participação do Estado na REN vai criar centro tecnológico

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A empresa chinesa State Grid tenciona investir 12 milhões de euros na criação de um centro tecnológico em Portugal, de acordo com um memorado de entendimento assinado esta terça-feira com a Redes Energéticas Nacionais (REN).

«É uma oportunidade para termos conhecimento, tecnologia e colaboração entre empresas e universidades, através de uma grande companhia internacional que aposta em Portugal», disse o ministro português de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, após a assinatura do memorando, segundo a Lusa.

Este foi um dos dois acordos assinados hoje na sede da State Grid, em Pequim, pelos presidentes da REN e da State Grid International, Rui Cartaxo e Zhu Guangchao, respetivamente, e contou também com a presença do líder daquele grande grupo estatal chinês, Liu Zhenya.

Com cerca de um milhão e meio de trabalhadores, a State Grid é considerada uma das dez maiores empresas do mundo, e este ano comprou ao Estado português 25 por cento do capital da REN por 287 milhões de euros.

Além do valor estimado do investimento, o anunciado centro tecnológico «tem sobretudo a importância de abrir um espaço de colaboração às empresas, às universidades e aos estudantes portugueses nas áreas da energia em que Portugal é mais competitivo e moderno», salientou também Paulo Portas.

O outro memorando de entendimento assinado entre os presidentes da State Grid International e da REN diz respeito à criação de empresas mistas de consultoria no Brasil.

Paulo Portas definiu Portugal como «uma plataforma muito interessante» para estabelecer parcerias internacionais. «O país é europeu e ocidental, mas também universal».

«Numa economia global, é preciso vincar e salientar aquilo que um país pode ter para oferecer de acordo com a sua reputação histórica e a sua vanguarda económica».

O acordo do Brasil «significa também oportunidades de trabalho para técnicos, cientistas, engenheiros, estudantes e empresas portuguesas». «Ontem, hoje e amanhã, os portugueses foram sempre construtores de pontes, de diálogos e de entendimentos com culturas e civilizações diferentes».

O ministro disse ainda que «Portugal tem uma presença histórica e de futuro em África, América Latina e Ásia, que torna este país europeu extremamente interessante para fazer parcerias».

Paulo Portas iniciou no sábado passado em Xangai uma visita de oito dias à China, a primeira de um ministro do atual Governo português, acompanhado por mais de cinquenta empresários.

Hoje de manhã (hora local) encontrou-se com o homólogo chinês, Yang Jiechi, e na quarta-feira às 10.30 (03:30 em Lisboa) vai encontrar-se com o «número dois» do Governo, o vice-primeiro-ministro executivo, Li Keqiang.

A visita à China termina no dia 8 de julho, em Macau.
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