Compra da EDP «ajuda» a recorde de investimentos chineses - TVI

Compra da EDP «ajuda» a recorde de investimentos chineses

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China investisse mais na Europa do que os europeus na China

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A compra de 21,35% da EDP por parte da China Three Gorges contribuiu para que, pela primeira vez, a China investisse mais na Europa do que os europeus na China, revela um estudo publicado esta segunda-feira pela consultora PwC.

O documento refere que, pela primeira vez, o montante de investimentos chineses na Europa ultrapassou os 11 mil milhões de euros contra os 7 mil milhões de euros que as empresas europeias investiram na China.

O estudo revela também que, já no primeiro semestre deste ano, aconteceu uma «tendência inversa» no número de negócios, pois as empresas chinesas fizeram 32 investimentos na Europa, contra 26 operações na China por empresas europeias, escreve a Lusa.

De acordo com a consultora PwC, o valor de 2,7 mil milhões de euros pagos pela China Three Gorges em 2011 foi dos maiores negócios dos chineses em território europeu.

A França, segundo o estudo, é o primeiro investidor europeu na China e o terceiro maior beneficiário de investidores chineses, atrás da Alemanha e do Reino Unido.

Os chineses consideram que «a incerteza na zona do euro está a aumentar as possibilidades de compra de empresas europeias em dificuldades e anteriormente inacessíveis», afirmou à AFP Helen Rives, responsável pela China na PwC.

O fundo soberano chinês CIC, criado em 2007, recebeu mais de 400 mil milhões de dólares (313 mil milhões de euros) em reservas para investir no exterior.

O fundo comprou 7% do operador de satélites Eutelsat Communications para 385 milhões de euros e adquiriu 8,68% da empresa de águas britânica Thames por uma quantia não revelada.

No mês passado, o grupo espanhol Ferrovial anunciou um acordo com uma subsidiária da CIC para vender 5,72% do FGP Topco, a empresa que gere o aeroporto inglês de Heathrow, por 257,4 milhões de libras (319,3 milhões de euros).

Segundo a PwC, os fundos chineses procuram a «diversificação financeira» e «acesso a recursos», enquanto as empresas da China «querem, designadamente, adquirir tecnologias chave para que as possam utilizar no seu país e no exterior».

O grupo chinês de máquinas para construção Sany comprou este ano o fornecedor alemão de construção de máquinas Putzmeister por 500 milhões de euros e antes fez uma aliança com os fabricantes de gruas austríaco Palfinger.

Em relação às empresas europeias, o Ministério do Comércio da China informou no mês passado que o investimento direto estrangeiro (IDE) dos 27 países da União Europeia caiu 6,3% nos primeiros nove meses de 2012, comparado com o mesmo período de 2011, atingindo 4,83 mil milhões de dólares. 
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