É uma tecnologia pioneira. A Universidade do Minho (UMinho) e a Critical Software desenvolveram-na para identificar o utilizador de um determinado computador através de processos neurofisiológicos intransmissíveis. Assim garantem que «intrusos» são apanhados e os «roubos de identidade» são detetados.
Este novo tipo de reconhecimento, denominado de Keystroke Dynamics, «é um processo essencialmente matemático de captação dos ritmos característicos de cada utilizador», explicou o mentor da tecnologia, João Ferreira, segundo a Lusa.
«Recolhemos os ritmos de digitação e, a partir dessa informação, fazemos uma análise estatística para detetar o que é ou não característico daquele utilizador. Desta forma, é mais difícil alguém se apoderar da identidade da pessoa que usa aquele computador».
A investigação partiu do princípio de «que cada pessoa tem uma forma própria de digitar em teclados, que é determinada por processos neurofisiológicos intransmissíveis».
O estímulo para a investigação que levou ao desenvolvimento da Keystroke Dynamics «foi a necessidade detetada em empresas, na resolução de problemas da segurança na intrusão e acesso a dados», nomeadamente «em bancos».
O investigador referiu que o que é «inovador» na Keystroke Dynamics é que este «é um processo de identificação contínuo», que «aumenta a dificuldade de alguém se apoderar da identidade de outrem».
João Ferreira apontou como data para a introdução deste método de identificação no «dia-a-dia» o «prazo máximo de cinco anos» sendo que a UMinho cedeu hoje a exploração exclusiva desta tecnologia à Critical Software.
A tecnologia era detida em cotitularidade pela UMinho e pela Critical Software e foi financiada pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade.
Computadores: tecnologia permite apanhar intrusos
- Redação
- 13 jun 2012, 16:30
Processos neurofisiológicos intransmissíveis permitem identificar roubos de identidade
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