Contrato com China permite à SAAB pagar salários

O construtor automóvel sueco Saab, perto da falência, recebeu uma encomenda chinesa de 13 milhões de euros que vai permitir à empresa pagar salários e a alguns fornecedores, disse o proprietário holandês da construtora, esta segunda-feira.

As verbas, no entanto, não vão permitir à Saab relançar a produção, disse em comunicado a Swedish Automobile (a antiga Spyker), que não adiantou a identidade da empresa chinesa que fez a encomenda.

«Uma empresa chinesa assinou um contrato de compra de 582 veículos Saab por um valor total de 13 milhões de euros», refere o comunicado, acrescentado que «o pagamento da encomenda deverá ser feito esta semana e vai trazer à Saab um financiamento de curto prazo para pagar os ordenados aos empregados e efectuar parte dos pagamentos aos seus fornecedores».

Na quinta-feira, o grupo holandês que comprou a Saab em 2010 tinha alertado que o construtor sueco, a braços com problemas de liquidez, enfrentava dificuldades para pagar os salários de Junho.

A Saab, no entanto, reconheceu que a encomenda chinesa não permite relançar a produção e admite que poderá ter de pedir a insolvência se não encontrar verbas suficientes para se manter em actividade.

«A Swedish Automobile e a Saab continuam em conversações com várias partes do processo para encontrar financiamento adicional que permitam relançar a produção», diz o comunicado.

A 13 de Junho, a Saab anunciou uma parceria com o distribuidor automóvel Pang Da e com o construtor Zhejiang Youngman Lotus Automobile, ambos chineses, num acordo que inclui o investimento de 245 milhões de euros.

No entanto, a produção na unidade sueca da Saab em Trollhättan (no Oeste do país) paralisou a 08 de Junho e a direcção da empresa anunciou aos funcionários da linha de montagem que não voltariam a ter trabalho até 04 de Julho.

Em 2010, a gigante norte-americana General Motors vendeu a Saab ¿ que enfrentava a falência na altura - à Spyker, por 400 milhões de dólares (281,8 euros, ao câmbio actual).