Cortes salariais: Faria de Oliveira e Bandeira da CGD perdem 80 mil euros em 2011 - TVI

Cortes salariais: Faria de Oliveira e Bandeira da CGD perdem 80 mil euros em 2011

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Redução de 10 por cento dos vencimentos dos administradores da CGD implica uma perda de 43 mil euros anuais para o presidente Faria de Oliveira

A redução de 10 por cento dos vencimentos dos administradores da CGD implica uma perda de 43 mil euros anuais para o presidente Faria de Oliveira e de 37 mil euros para o vice-presidente Francisco Bandeira, segundo o banco público.

Em 2010, depois de uma redução de 5 por cento no vencimento base e do corte dos prémios de gestão, Faria de Oliveira ganhou 360,4 mil euros, contra os 526,2 mil euros que tinha recebido em 2009 e, este ano, devido à redução de 10 por cento anunciada para a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o gestor vai ganhar 317,2 mil euros.

Já Francisco Bandeira ganhava 450,5 mil euros em 2009, recebeu 306,3 mil euros no ano passado e vai ganhar 269,6 mil euros em 2011. Na prática, as remunerações de ambos os responsáveis desceram 40 por cento desde que deram início ao seu mandato no banco estatal em 2008.

«Face à divulgação de números incorrectos no que respeita à remuneração do presidente e do vice-presidente do conselho de administração do Grupo Caixa Geral de Depósitos, apresentamos o quadro real das remunerações em 2009, 2010 e de 2011, bem como as remunerações em 2003», lê-se numa nota de esclarecimento enviada à agência Lusa.

O banco estatal realçou ainda que em 2003 o então presidente da CGD - António de Sousa - recebia um total de 538,7 mil euros.

17 gestores receberam 5 milhões de euros

Dezassete gestores públicos receberam em 2009 quase 5 milhões de euros entre vencimentos, prémios e regalias, de acordo com um estudo apresentado na quinta-feira pelo CDS-PP e que serviu para o líder do partido, Paulo Portas, ter acusado as empresas públicas de falta de racionalidade económica.

O valor aumenta para 5,4 milhões de euros se forem incluídos os rendimentos dos dois presidentes da PT (que não é uma empresa pública, mas onde o Estado detém uma participação com direito de veto) e a dos reguladores Banco de Portugal e Autoridade das Comunicações (Anacom).

Em média, cada gestor recebeu cerca de 247 mil euros anuais, o que significa um vencimento mensal médio na ordem dos 17,5 mil euros.

Em 2009 o salário mínimo nacional era de 450 euros, o que significa que cada gestor e responsável de reguladores recebeu cerca de 40 vezes o salário mínimo em cada mês do ano.
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