CP admite dificuldades em normalizar circulação - TVI

CP admite dificuldades em normalizar circulação

Empresa acusa sindicatos de não terem respeitado todos os serviços mínimos e admite avançar com processos contra trabalhadores. Amanhã há nova greve

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O sindicato diz que a greve dos maquinistas desta manhã teve «adesão total», enquanto a CP admite «dificuldades» em normalizar a circulação porque na quarta-feira haverá outra paralisação que terá impacto já hoje ao final do dia.

A greve dos maquinistas, que decorreu esta terça-feira entre as 05h00 e as 09h00, contou com a «adesão total dos maquinistas», disse à Lusa o presidente do sindicato, António Medeiros, afirmando que a circulação só será normalizada por volta das 17h00.

A paralisação, que tinha como objectivo contestar os cortes salariais definidos pelo Governo, provocou dificuldades aos utentes dos comboios.

O Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos para os serviços urbanos de Lisboa e do Porto, mas a porta-voz da CP, Ana Portela, disse que alguns dos comboios não foram realizados. A empresa admitiu, inclusivamente, processar os trabalhadores que não cumprissem os serviços mínimos decretados para a greve dos maquinistas.

Revisores param esta 4ª feira

«No que se refere aos serviços mínimos, no Porto só um comboio [dos 14] de serviços mínimos não foi realizado, enquanto em Lisboa houve cerca 20% dos comboios de serviços mínimos não realizados», disse a responsável.

Nos restantes serviços, acrescentou, «não houve praticamente comboios até às 10h00».

A CP está agora a restabelecer «alguma normalidade» na circulação dos comboios, nomeadamente nos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Regional.

A porta-voz da empresa admite, no entanto, que será difícil regularizar a circulação dos comboios, nomeadamente na região de Lisboa, durante esta terça-feira.

«A reposição de serviço demora algum tempo e, mesmo quando alguma normalidade for retomada, começaremos a ser afectados pela greve de amanhã [quarta-feira], que tem impacto já hoje ao final do dia», explicou Ana Portela.

Na quarta-feira estarão em greve os trabalhadores comerciais da CP, como os revisores e os vendedores das bilheteiras, que também contestam os cortes salariais e as medidas de austeridade do Governo, além das privatizações no sector dos transportes.

A greve dos trabalhadores comerciais poderá afectar muito a circulação ferroviária uma vez que a circulação de um comboio não pode, segundo a lei, ser assegurada apenas pelo maquinista, sendo necessário o revisor.
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