CP Carga: administração demitida por não reduzir salários - TVI

CP Carga: administração demitida por não reduzir salários

Greve na CP

Motivo foi «não cumprimento dos cortes salariais decretados pelo Governo na função pública». TAP também continua a desobedecer

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[Notícia actualizada às 12h]

A administração da CP Carga foi demitida pelo «accionista principal», a holding CP, confirmaram à Lusa fontes da CP Carga e do Ministério das Obras Públicas, devido ao «não cumprimento dos cortes salariais decretados pelo Governo na função pública».

A tutela diz ainda que esta foi uma decisão da qual «teve conhecimento», tendo sido nomeada uma nova administração ainda esta quinta-feira.

Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), a disponibilidade da CP Carga para não aplicar os cortes aos subsídios, como o trabalho nocturno, trabalho extraordinário e trabalho em dia de descanso semanal, é que terá estado na origem da demissão da administração da empresa.

Já a administração da CP justificou a demissão, em comunicado, com a «quebra da relação de solidariedade institucional» entre a filial, CP Carga, e a casa-mãe.

Sem demissões, mas com o mesmo problema está a TAP. A companhia aérea continua a não acatar as ordens do Executivo.

A TAP é a única empresa pública que não cortou salários no prazo estipulado pelo Governo, no âmbito do Orçamento do Estado para 2011. E se já em Janeiro a transportadora aérea fintou as ordens do Executivo, parece que também não deverá ser este mês que os seus funcionários vão sentir na conta bancárias as orientações do OE.

Em meados de Janeiro, o Ministério das Finanças avisou que as indicações em matéria de corte salarial são para cumprir sem excepções. E a administração da CP Carga sofreu as consequências do incumprimento da ordem governamental.

A propósito da greve que os trabalhadores das empresas de transportes têm levado a cabo, precisamente contra os cortes salariais, Marques Mendes criticou esta quinta-feira as regalias dadas aos trabalhadores das empresas públicas de transportes, considerando a paralisação «perfeitamente injusta».
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