Crioestaminal quer ser número um na Europa - TVI

Crioestaminal quer ser número um na Europa

Nos últimos dois anos a empresa cresceu 50 por cento e para 2009 está previsto um crescimento ainda maior

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Criada em 2003, por pessoas e entidades ligadas a área da Saúde, a Crioestaminal foi a primeira empresa da Península Ibérica na área da criopreservação de células estaminais a partir do sangue do cordão umbilical. Em apenas seis anos, conseguiu transformar-se num case-study empresarial e conquistar prémios todos os anos.

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Actualmente, a Crioestaminal é líder em Portugal e número três em toda a Europa através da entrada no mercado espanhol, com a criação da Crioestaminal Spain, e no mercado italiano, por intermédio de uma parceria. Aliás, a actividade internacional representa já 30 por cento da actividade total. Mas o objectivo é crescer muito mais e noutros mercados europeus.

Raúl Santos, director-geral e presidente do conselho de administração, concretiza as metas da empresa: «O nosso objectivo nos próximos cinco anos é ambicioso, queremos ser líderes no mercado europeu, para depois, quem sabe, pensarmos em objectivos ainda mais ambiciosos».

Nos últimos dois anos a Crioestaminal cresceu na ordem dos 50%, tendo facturado 6,5 milhões de euros em 2008, e as expectativas para 2009 apontam igualmente para um crescimento mínimo semelhante, sendo que a prioridade é mesmo a internacionalização, quer através de parcerias, quer abrindo empresas próprias ou adquirindo empresas da área.

A empresa é de tal forma apetecível que a Riverside, uma multinacional norte-americana, está a tentar entrar no capital da Crioestaminal. «Existem contactos e negociações vom os accionistas», reconhece Raúl Santos. E se o negócio se concretizar, sublinha, «será para toda a equipa um motivo de grande orgulho».

Banco público de criopreservação

Nada preocupado com a criação do banco público da criopreservação, Raúl Santos diz mesmo que é completamente a favor e a Crioestaminal já mostrou disponibilidade para ajudar: «Julgamos que são estruturas complementares. É perfeitamente possível e compreeensível que existam duas realidades, até porque têm o mesmo objectivo: haver cada vez mais amostras de células estaminais armazenadas e cada vez menos deitadas fora».

Além disso, explica o director-geral da Crioestaminal, «o banco público tem uma limitação em termos de orçamento e uma limitação em termos de recolha, não fará mais de dez mil, pois isso representa já 85 por cento do perfil genético português».

Mas, afinal, qual é a vantagem de guardar as células estaminais? Raúl Santos explica: «O sangue do cordão umbilical é uma fonte muito valiosa de células estaminais e, neste momento, já permite curar um vasto conjunto de doenças do foro sanguíneo. Julgamos que no futuro vai ser possível tratar um conjunto mais vasto de doenças, nomeadamente doenças como a diabetes tipo 1, paralisia cerebral, enfarte do miocárdio e outras doenças que estão em fase de investigação».

A criação do Genelab

A diversificação de serviços com a criação do Genelab, em 2006, permitiu lançar outros produtos pioneiros e inovadores. Um exemplo disso é o teste menino ou menina. Trata-se de um teste não invasivo, baseado em técnicas de biologia molecular, que permite determinar o sexo do bebé a partir das oito semanas de gestação através de uma pequena amostra de sangue da grávida. Já não é preciso esperar até aos quatro meses para saber o sexo do bebé.

Entretanto o portfólio de testes aumentou e o Genelab trabalha também na detecção precoce do cancro do colo do útero, através do teste HPV. Um exame que, acredita Raúl Santos, vai brevemente substituir a citologia tradicional, porque tem a vantagem de diagnosticar mais cedo qualquer anomalia e, por isso, também tratar e curar. A partir da mesma amostra, o Genelab faz igualmente o diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis e o rastreio precoce de agentes infecciosos como HIV, hepatites e outros.
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