EDP: 90% do plano de investimentos é para renováveis - TVI

EDP: 90% do plano de investimentos é para renováveis

António Mexia, EDP

João Manso Neto diz que sistema produtivo por ser mais barato com energias verdes

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O plano de investimentos da EDP é quase na totalidade dedicado às energias renováveis, «excedendo os 90%», disse o administrador João Manso Neto.

«A percentagem de energias renováveis excede os 90% no plano de investimentos da EDP. Estamos a falar de eólicas em todo o mundo. Somos a terceira companhia eólica mundial, mais fortes em Espanha e nos Estados Unidos, mas também em Portugal, na Polónia e na Roménia», adiantou o administrador da EDP à Lusa.

Manso Neto falava à margem de uma conferência organizada pelo jornal «Sol», dedicada ao tema Ambiente, Economia e Empresas, que decorre no Museu da Electricidade, em Lisboa.

A tendência mundial para as energias renováveis parte do conceito de economia sustentável, «que proteja o ambiente, que viabilize o investimento e o crescimento dos países em desenvolvimento e que não danifique as indústrias dos países centrais», considerou o administrador da eléctrica portuguesa.

«As renováveis vão ter um papel muito importante, acabarão a prazo por ser, algumas delas, competitivas, com o aumento dos preços dos combustíveis fósseis e do preço do dióxido de carbono», disse João Manso Neto.

«Outlook» estável é motivo de satisfação

«Se soubermos fazer os investimentos em renováveis a cada momento, escolhendo as que já estão maduras, vamos ter um sistema produtivo que acaba por ser mais barato, a prazo, do que o sistema produtivo tradicional baseado no petróleo e no carvão», afirmou.

O administrador, que não tem dúvidas em afirmar que a EDP é a empresa europeia que mais investe nas hídricas, apresentou na conferência os planos de futuro, lembrando que existem actualmente seis projectos em construção e mais cinco a lançar nos próximos dois anos, num programa hídrico de 3 mil megawatts (MW).

Questionado sobre as propostas alternativas apresentadas pela EDP para a futura barragem do Tua, que teve a declaração de impacto ambiental favorável condicionada, impondo à empresa a apresentação de várias soluções alternativas, Manso Neto afirmou que não lhe compete divulgar publicamente o que foi proposto, remetendo para o Governo.

A agência de notação financeira Fitch manteve o «rating» e o «Outlook» da EDP estável, o que, para Manso Neto, «é motivo de satisfação, porque não é só bom ser, mas também convencer os outros, e estamos a saber convencer daquilo que somos, uma empresa com muito potencial, com muito crescimento mas também com baixo risco».
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