EPAL explica porque furou corte salarial - TVI

EPAL explica porque furou corte salarial

Disposição foi cumprida em 2010, quando «não havia nenhuma lei que impedisse a vigência» do acordo de empresa

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A EPAL vai apresentar na segunda-feira à ministra do Ambiente «informação detalhada» sobre o aumento de 5% aprovado em Dezembro para 40 dos seus trabalhadores, já depois de o Governo ter aprovado o corte de salários na função púbica e empresas do Estado, escreve a Lusa.

O director de comunicação da Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL) disse à agência estatal que a entrega da informação, solicitada pela ministra Dulce Pássaro, servirá para dar a conhecer à governante «os fundamentos, as circunstâncias e a justificação das decisões tomadas».

Uma decisão que o Ministério do Ambiente mandou já reverter..

«O conselho de administração não podia deixar de aceitar com normalidade a suspensão comunicada pela senhora ministra», afirmou José Manuel Zenha, também secretário-geral da empresa.

O responsável explicou que os ajustes definidos em Dezembro visaram, em primeiro lugar, cumprir o acordo da empresa, que «tem uma disposição que obriga a EPAL, anualmente, com efeitos a Dezembro, fazer evoluir de nível salarial um determinado nível de trabalhadores».

José Manuel Zenha sublinhou que a disposição foi cumprida em 2010, quando «não havia nenhuma lei que impedisse a vigência do acordo», e já não seria aplicada em 2011, devido à Lei do Orçamento do Estado.

Outros dos argumentos da empresa são as necessidades de «salvaguardar a eficácia operacional de algumas equipas de intervenção no terreno», a nível de abastecimento e manutenção da rede (até porque é preciso compensar, em alguns casos, o ritmo de reformas desses grupos) e de fazer ajustes em função do processo de avaliação de desempenho.

O director de comunicação adiantou que, dos aumentos (de 5%), 72% são relativos a trabalhadores com vencimentos entre 700 e 1.500 euros e em apenas dois casos se referem a chefias: «um responsável de unidade orgânica de nível hierárquico de terceiro grau e um responsável de departamento de nível hierárquico de segundo grau».

Ministra diz que nenhuma razão vai impedir corte

Independentemente das razões que a EPAL apresentar na segunda-feira para justificar o aumento de alguns trabalhadores, a medida será revogada pelo Executivo, que argumenta com o «contexto global do país», garantiu já a ministra do Ambiente.

«A EPAL vai enviar na segunda-feira mais elementos e mais detalhados sobre esta situação, naturalmente estamos em contactos, mas independentemente das razões que a administração teve, no contexto global do país consideramos que não há justificação para esses aumentos», disse a ministra à margem da inauguração de um sistema que permite que o rio Tejo não receba as águas residuais da baixa lisboeta sem tratamento.
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