Estaleiros de Viana: brasileiros continuam interessados - TVI

Estaleiros de Viana: brasileiros continuam interessados

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Rio Nave diz, no entanto, que não tem qualquer resposta do Governo sobre a situação atual do processo de reprivatização

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Os brasileiros da Rio Nave garantem que continuam interessados nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), apesar de não terem qualquer resposta do Governo português sobre a situação atual do processo de reprivatização.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Rio Nave, Mauro Campos, confirmou o envio em fevereiro de uma carta à empresa responsável pela assessoria da reprivatização solicitando «esclarecimentos» sobre o processo, nomeadamente as «razões para a indefinição» que se verifica.

«A nossa posição é de continuidade no concurso a menos que o Governo diga que está suspenso, decorrente das regras da Comunidade Europeia. Mas, oficialmente, não temos uma palavra sobre o tema».

Apesar do interesse nos ENVC, Mauro Campos admite que a Rio Nave «não estendeu» o prazo da validade da proposta vinculativa de compra - que terminou no início de fevereiro -, ao contrário do que foi feito pelos russos da RSI Trading, exatamente porque aguardava «esclarecimentos» sobre o processo.

Acrescentou que se «for necessário» prolongar a validade da proposta que deu entrada em novembro de 2012, a Rio Nave «está disponível» para o fazer. Contudo, precisa antes de conhecer o ponto de situação do negócio face às dúvidas levantadas por Bruxelas aos apoios públicos de 180 milhões de euros concedidos entre 2006 e 2010 aos ENVC, e que poderão ter de ser devolvidos pela empresa.

O presidente da Rio Nave garante que já na segunda-feira os advogados daquele grupo vão pedir uma reunião com a empresa responsável pela assessoria da reprivatização.

Admitiu abertura para estudar «outras soluções» para este negócio, como a possibilidade de concessão da gestão dos estaleiros.

A saída do negócio por parte dos brasileiros da Rio Nave foi confirmada a 5 de fevereiro por fonte do Governo, dado o não prolongamento da validade da proposta. A decisão foi justificada pela mesma fonte com a «indefinição» de Bruxelas em autorizar a conclusão da reprivatização.
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