Futuro BPN vai ser «mais interessante» mas com menos trabalhadores - TVI

Futuro BPN vai ser «mais interessante» mas com menos trabalhadores

Faria de Oliveira

Opinião é do presidente da CGD que foi ao Parlamento falar dos dois anos da nacionalização do Banco Português de Negócios

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Para o presidente da Caixa Geral de Depósitos, um BPN livre de activos tóxicos e reformulado será mais interessante para possíveis compradores. Fo isso mesmo que explicou aos jornalistas, à saída da comissão de Orçamento e Finanças, que decorreu esta quarta-feira no Parlamento.



«A necessidade, agora, é de reformular o good bank para torná-lo interessante para os compradores», disse Faria de Oliveira.



Isto porque, o bad bank, ou seja os activos mais prejudiciais do banco, que totalizam 3,9 mil milhões de euros, vão ser geridos por três sociedades (chamadas veículos) que vão passar para a esfera do Estado.



O objectivo será a privatização do Banco Português de Negócios, o qual será alvo de um aumento de capital por parte do Estado, no valor de 500 milhões de euros. «Realizado este aumento, o BPN vai poder refundar-se e vir novamente a ser reprivatizado», explicou o presidente da CGD que assume a gestão do BPN desde a sua nacionalização, em Novembro de 2008.



Neste sentido, Faria de Oliveira assumiu a redução de colaboradores do banco, depois de, nestes últimos dois anos, ter despedido 270 funcionários.



«A redução do activo humano do banco» foi uma das possibilidades avançadas pelo banqueiro, ainda que sublinhando que a responsabilidade da Caixa nesta «segunda fase» do processo de privatização, falhada a venda total, termina a partir do momento em que o accionista, o Estado, designar a nova administração.



Quanto ao custo da nacionalização do banco para o bolso dos contribuintes, Faria de Oliveira repetiu os valores já referidos pelo ministro das Finanças: «O número provável será à volta dos 2 mil milhões de euros, não sendo possível fazer um intervalo já que se trata de um período de tempo muito longo».
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