Galp não teme que carros eléctricos lhe roubem negócio - TVI

Galp não teme que carros eléctricos lhe roubem negócio

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Presidente da empresa diz que petrolífera convive bem com carros a hidrogénio, biocombustíveis e até electricidade

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O presidente da Galp Energia garante que a empresa não tem medo que os carros eléctricos prejudiquem o seu negócio. Ferreira de Oliveira afastou a ideia de que uma aposta em carros movidos a fontes alternativas ao petróleo retira negócio à empresa, considerando que «é uma evolução natural» para uma empresa focada no consumidor.

«A indústria petrolífera está muito habituada a viver com a canibalização de uns produtos por outros e sentimo-nos muito bem com isso. Quando vamos a uma bomba de gasolina vemos oito mangueiras, oito produtos que concorrem uns com os outros, portanto instalar lá mais uma mangueira que põe hidrogénio, gás natural comprimido ou electricidade não é senão uma evolução natural de uma empresa que existe focalizada no consumidor», disse na cerimónia de apresentação dos testes de estrada em Portugal dos novos veículos híbridos «Plug In» da Toyota, que resultam de uma parceria entre a marca japonesa e a Galp.

Durante três anos, Portugal vai servir de laboratório para testar e colher informações da condução em contexto real desta nova solução automóvel, já que três colaboradores da Galp utilizarão os carros em ambiente real no seu dia-a-dia. Os dados serão recolhidos e tratados pelo Instituto Superior Técnico (IST).

Citado pela Lusa, Ferreira de Oliveira recordou desde logo que «a Galp Energia é, foi e continuará a ser uma empresa cujo negócio principal é o abastecimento de energia para a mobilidade» e recordou a empresa lida com vários combustíveis automóveis alternativos à gasolina e ao gasóleo, como o GPL, os biocombustíveis, o gás natural comprimido e o hidrogénio.

O mesmo responsável recordou que a Galp é produtora de hidrogénio nas suas refinarias e que esteve envolvida num projecto de utilização de hidrogénio na mobilidade, nos transportes colectivos da cidade do Porto, fornece gás comprimido para várias frotas automóveis e introduz até sete por cento em volume de biocombustíveis nos combustíveis comuns.

«Nós actuamos no mercado como o cliente exige, que a sociedade nos impõe. E a sociedade impõe-nos uma mobilidade cada vez mais amiga do ambiente, mais eficiente e segura. E é isso que nos propomos fazer, dentro das áreas das nossas competências», disse Ferreira de Oliveira.

No projecto global de teste destes veículos híbridos plug-in, a Toyota vai analisar o comportamento de 200 carros no Japão, 150 nos Estados Unidos e 200 na Europa, dos quais cinco em Portugal.

Destes, três serão utilizados por colaboradores da Galp Energia (no Porto, Lisboa e Sines) e um outro estará na Galp para ser usado em experiências com entidades oficiais, comunicação social, investigadores ou outros interessados. O quinto carro estará na Toyota Caetano Portugal para os mesmos efeitos.
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