Google podia reconhecer caras como o Facebook. Mas não quer - TVI

Google podia reconhecer caras como o Facebook. Mas não quer

Investigadores da Google com óculos 3D

Para a empresa, a privacidade está em primeiro lugar

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«A privacidade está acima da tecnologia»: é desta forma que o vice-presidente do motor de busca do Google encara a funcionalidade de reconhecimento de rostos em fotografias adoptada pelo Facebook. Uma tecnologia que o Google facilmente aplicaria, mas não o faz porque não quer.

Futuro do Google: «Procurar sem procurar»

Ainda assim, a empresa está a desenvolver o Googles, uma aplicação integrada na versão 2.1 do Android, o sistema operativo da gigante da Internet para os telemóveis. Esta designação Googles joga com o nome da companhia, mas tem também outro significado: óculos de mergulho. Porquê? Trata-se de uma ferramenta que permite através de uma fotografia de uma marca, de um objecto ou de um edifício, encontrar algo semelhante no mundo real. Através de uma foto da praça Cibeles, em Madrid, poderemos saber, por exemplo, onde se situa, quem a edificou e porque é que é uma deusa.

O sistema, ainda em fase de testes, «funciona tão surpreendentemente bem que até assusta», afirma o jornal espanhol «El País». Isto porque é um sistema que «dá a sensação de que qualquer pessoa poderia tirar uma fotografia a um desconhecido na praia e através deste sistema saber qual a sua identidade.

Mas Amit Shingal garante que isso nunca acontecerá. A tecnologia pode ser usada de forma benéfica para o dia-a-dia dos utilizadores, mas nunca para invadir o seu espaço. «Acima da tecnologia está a privacidade. O Google poderia reconhecer rostos, mas comprometemo-nos a não o fazer. Este é um serviço em que estamos a ser mais cuidadosos» [no desenvolvimento», insiste. E rematou: «Podemos continuar a beber cervejas tranquilamente na praia».
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