Greve geral: adesão «zero» em empresas privadas de vários sectores - TVI

Greve geral: adesão «zero» em empresas privadas de vários sectores

Greve Geral em Lisboa (foto Manuel Lino)

Adira, Abreu & Abreu, Vieira de Castro e Frulact são algumas das empresas que estão a trabalhar a 100%

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A greve geral não teve impacto nas pequenas e médias empresas portuguesas, que estão a trabalhar ao ritmo habitual, disseram à agência Lusa vários empresários.

Quando chegou à Adira, António Cardoso Pinto fez a ronda habitual pela fábrica e perguntou aos chefes de equipa quantos trabalhadores tinham faltado. «Isso não tem nada a ver connosco», foi a resposta que o presidente da metalúrgica ouviu.

«Os nossos trabalhadores sentem que estamos numa batalha à parte», disse à Lusa Cardoso Pinto, realçando que dos cerca de 200 funcionários da Adira «apenas faltou uma pessoa, desconhecendo-se se fez greve ou faltou por outro motivo».

A batalha da Adira é resistir à quebra nas encomendas de máquinas que caiu em flecha com a crise económica, inovando e aumentando o peso das exportações, «sem ter que mexer nos salários dos trabalhadores».

Trabalhar «ainda com mais garra»

Na fábrica de calçado Abreu & Abreu, em Lousada, «está tudo a trabalhar ainda com mais garra», adiantou à Lusa o presidente António Abreu, sublinhando que «os 145 funcionários estão a trabalhar com força».

«Zero». É assim que Manuel Ramirez resume a adesão à greve na conserveira de Matosinhos, que emprega cerca de 200 trabalhadores, acrescentando que «não há qualquer tipo de perturbação».

Na Vieira de Castro, os 196 trabalhadores ignoraram os apelos à greve e apresentaram-se no posto de trabalho como se de um dia normal se tratasse, avançou a administradora da empresa de Vila Nova de Famalicão, Raquel Vieira de Castro.

As duas unidades de produção da Frulact, na Maia e na Covilhã, estão a laborar a 100 por cento, confirmou à Lusa João Miranda.
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