Grupo TAP «em situação crítica», diz Parpública - TVI

Grupo TAP «em situação crítica», diz Parpública

TAP

Foram registados prejuízos de 140 milhões de euros até junho

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O grupo TAP apresentou prejuízos de 140 milhões de euros no primeiro semestre, três milhões acima do registado no período homólogo de 2011, atingindo capitais próprios negativos de 500 milhões. Uma situação que a Parpública classifica como «crítica».

Em relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Parpública, detentora da TAP enquanto gestora das participações do Estado, acredita que o resultado «venha a recuperar, embora se anteveja como muito difícil a anulação do prejuízo agora registado». O endividamento totaliza já 1,1 mil milhões de euros.

«A situação financeira e patrimonial do Grupo TAP continua assim crítica com capitais próprios negativos que, após o prejuízo verificado no período, ultrapassam agora os 500 milhões de euros. A conquista de um acionista capaz de investir e dinamizar a reestruturação dos negócios é essencial e incontornável à manutenção de perspetivas de viabilidade empresarial do grupo», considera a empresa, de acordo com a Lusa.

A TAP-SA, empresa que se dedica ao negócio da aviação, anunciou no dia 16 de agosto ter fechado o primeiro semestre deste ano com um prejuízo de 112 milhões de euros, uma subida de 14,6 por cento em relação ao mesmo período de 2011.

Entre janeiro e junho deste ano, a TAP transportou 4.706.048 passageiros, mais 4,7 por cento do que em igual período do ano passado, e aumentou a sua quota de mercado nos aeroportos portugueses para 41,7 por cento.

Na Manutenção e Engenharia do Brasil, os prejuízos baixaram de 30,1 milhões de euros, no primeiro semestre do ano passado, para 20,7 milhões de euros no final dos primeiros seis meses de 2012.

A Groundforce (empresas de assistência nos aeroportos), que foi alienada, terminou o primeiro semestre com um prejuízo de 2,3 milhões de euros de euros.

A TAP é uma das empresas que consta da lista de privatizações do Governo. O Conselho de Ministros aprovou a reprivatização da TAP no dia 2 de Agosto. A operação vai integrar duas fases: uma através de aumento de capital e outra através da venda de ações.

O ministro da Economia garantiu esta sexta-feira que a privatização da TAP, tal como a da ANA, está a decorrer segundo o planeado e deverá terminar até ao final deste ano. Há já manifestações de interessados na transportadora área nacional.

O Barclays Capital, o Banco Espírito Santo de Investimento, o Citi Bank e o Crédit Suisse serão os assessores financeiros no processo de privatização da ANA e da TAP.

A TAP voa para 77 destinos em 35 países.
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