Impresa perde 3,32 milhões até março

A Impresa registou prejuízos de 3,32 milhões de euros entre janeiro e março deste ano. O valor é, mesmo assim, 3,5% melhor que o registado no primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com o anúncio do grupo que detém a SIC, as receitas caíram 9,1% para 52,6 milhões de euros, sobretudo devido à quebra das receitas de publicidade. Uma quebra que o crescimento nas receitas de subscrição de canais, de multimédia e de produtos associados não chegou para compensar.

Nos primeiros três meses de 2012, as receitas de publicidade do grupo de Francisco Pito Balsemão afundaram 16,7%, com a televisão a render menos 14,2%, para os 19,1 milhões de euros. Números piores que os do início do ano passado, apesar daquilo a que o grupo chama de «boa performance nos targets comerciais e crescimento das receitas publicitárias dos canais temáticos».

A Impresa cortou os custos operacionais consolidados 9,8%, «consequência da quebra de atividade e, principalmente, das medidas de reestruturação tomadas durante 2011». Destacam-se aqui o corte de custos variáveis de produção e programação, bem como os custos fixos, que desceram 6,8%, devido à redução de custos com pessoal.

O corte dos custos operacionais ajudou o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, provisões e amortizações) a alcançar 1,1 milhões de euros, mais 46% que no homólogo.

A dívida líquida ascendeu aos 223,5 milhões de euros, menos 7,5 milhões. O grupo explica ainda no comunicado que, entre janeiro e março terminaram as negociações para a renovação de duas linhas de financiamento de médio e longo prazo, que permitiram aumentar a maturidade da dívida. Assim, no final do período em causa, a dívida de médio e longo prazo representava 74,1% do total.