Irlanda aceita ajuda do FMI para a banca - TVI

Irlanda aceita ajuda do FMI para a banca

Governo admite criação de fundo de contingência para o sector financeiro

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O Governo irlandês já aceitou a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia (UE), mas apenas para a banca.

Esta foi a conclusão que saiu da primeira reunião entre o executivo de Brian Cowen e a delegação de peritos dos três organismos, que chegou esta quinta-feira a Dublin.

No fim da reunião, o Governo disse aceitar a criação de um plano de contingência para salvar o sector bancário, mas reiterou que não foi pedida ajuda para o país.

Já durante a manhã, o ministro das Finanças, Brian Lenihan, tinha afirmado no Parlamento que, «se estas conversações levarem à constituição de um fundo de contingência substancial», seria bom, mesmo que o fundo não viesse a ser usado.

Para que o fundo venha a ser constituído, a Irlanda tem de pedir formalmente ajuda aos parceiros, o que ainda não aconteceu. Mas o governador do banco central irlandês espera que aconteça. «É minha expectativa que isso venha a acontecer, absolutamente», disse Patrick Honohan, à saída de uma reunião do Conselho de Governadores de BCE.

«Vai ser um grande empréstimo, porque o objectivo do valor a ser disponibilizado é demonstrar que a Irlanda tem capacidade de lidar com quaisquer que sejam as preocupações do mercado. Estamos a falar de um montante substancial», referiu.

Sem que tenham sido avançados valores a nível oficial, os jornais têm estado a avançar, com base em fontes ligadas ao processo, que a banca irlandesa poderá precisar de 80 a 100 mil milhões de euros.

De acordo com a Reuters, a delegação de técnicos do FMI, BCE e UE pretende começar a trabalhar já amanhã, para tentar perceber o que pode ser feito para «salvar» a banca irlandesa. A missão será liderada por Ajai Chopra e integra 10 a 12 membros.
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